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Cidade inteligente pode ser solução para o desenvolvimento sustentável

CNI - 24 de setembro de 2016 - 15:00

A construção de um futuro sustentável para o planeta passa essencialmente pela transformação das cidades. A opinião é do norte-americano Boyd Cohen, especialista em empreendedorismo e inovação. Ele afirmou nesta quinta-feira (22), durante a palestra magna do CNI Sustentabilidade, no Rio de Janeiro, que as cidades têm a chave para o desenvolvimento sustentável do planeta. Segundo Cohen, as mudanças acontecerão com ampla participação dos cidadãos nas tomadas de decisões.

Boyd Cohen durante a palestra no CNI Sustentabilidade"Temos que focar nos esforços de sustentabilidade e inovação em nosso território, melhorando a qualidade de vida local" - Boyd Cohen “Podemos tornar as nossas cidades mais desenvolvidas e mais sustentáveis. Talvez a solução para isso seja a ‘cidade inteligente’. Temos que focar nos esforços de sustentabilidade e inovação em nosso território, melhorando a qualidade de vida local”, destacou. PhD em urbanismo, Cohen mencionou os casos de sucesso que vêm sendo desenvolvidos em cidades como Amsterdã, Barcelona, Medellín e Singapura.

O especialista defende que essas cidades sirvam de exemplo para outras localidades. Amsterdã investirá 50 milhões de euros em um período de 10 anos em um projeto voltado para a sustentabilidade urbana. “Amsterdã lançou um edital de propostas para criar um espaço de inovação, com o envolvimento da prefeitura e de empresas globais. São quatro desafios de sustentabilidade urbana: resolver problemas nas áreas de energia, água, construção e sistema de alimentação urbana”, detalhou.

Cohen mencionou que Barcelona e Medellín se destacam como cidades onde os cidadãos se envolvem nas principais decisões. Em Singapura, ele mencionou que houve uma união da sociedade em torno da busca por soluções para o abastecimento de água, por meio de processos como o tratamento de esgoto e a dessalinização da água do mar. “Hoje, 100 empresas estão trabalhando na solução dos problemas de recursos hídricos. Há um espaço colaborativo com participação da sociedade”, contou.

PADRÕES DE CONSUMO – Para o diretor-executivo do Ano Internacional do Entendimento Global, Benno Werlen, um dos grandes desafios da humanidade para os próximos anos será a adaptação dos países à nova realidade climática, que exige a redução das emissões de gases de efeito estufa. Segundo ele, é preciso que as pessoas mudem a forma como tratam o meio ambiente. “Temos que pensar em estilos de vida que causem impactos menores e menos trágicos na qualidade de vida do mundo”, sugeriu.

Palestra CNI Sustentabilidade“A conservação da natureza faz parte do modelo de negócios de uma empresa que busca perenidade” - Isabella Wanderley Também palestrante do CNI Sustentabilidade, que nesta quinta edição trata dos temas biodiversidade e florestas, o ex-ministro do Meio Ambiente da Alemanha Klaus Topfer considera que o desenvolvimento sustentável depende essencialmente de mudanças no comportamento humano, que, para ele, é o maior fator gerador de desperdício. Segundo Topfer, as empresas que não inovarem e não investirem em sustentabilidade ficarão de fora do mercado. “Se não incluirmos a biodiversidade no nosso plano de negócios, podem estar certos que ficaremos fora do mercado”, disse.

No mesmo painel, executivos da Votorantim, Boticário e Toyota apresentaram ações de sustentabilidade das respectivas empresas, que têm resultado em redução nas emissões, economia de água e preservação da biodiversidade. “A conservação da natureza faz parte do modelo de negócios de uma empresa que busca perenidade”, alertou a vice-presidente de Desenvolvimento de Novos Canais da Boticário, Isabella Wanderley.

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