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Geral

Chuva deixa Tacuru e Sete Quedas ilhadas por 60 dias

Fernanda Mathias/Campo Grande News - 22 de janeiro de 2007 - 09:46

Desde o dia 21 de dezembro do ano passado os municípios de Tacuru e Sete Quedas estão ilhados do resto do Estado e só contam com acessos precários por conta da ação da chuva, que provocou interdições em dois trechos da MS-160 e derrubou várias pontes na região. A situação mais difícil é a de Sete Quedas, onde já começam a faltar gêneros alimentícios básicos, como sal e a açúcar, na prateleira dos supermercados. Com as dificuldades para transporte, os produtos também estão mais caros, segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico do município, Massao Hara.

“O ponto de maior preocupação é que as colheitas já iniciaram esta semana e temos previsão de em torno de 30 a 40 mil toneladas de grãos que precisamos escoar”, afirma. Isso, explica, porque a capacidade de armazenagem dentro do município é de apenas 1,8 mil toneladas. O fato de o governo ainda não ter se manifestado sobre o assunto, afirma o secretário, gera insegurança. “Já tivemos três reuniões marcadas e que foram adiadas”, conta. A alternativa à rodovia tem sido a estrada internacional.

O desvio que foi implantado, afirma o secretário, também oferece problemas por conta da ação das chuvas. “Ontem tinha caminhão atolado no desvio que fizeram entrando em Tacuru. Geralmente o primeiro ponto depois do desvio é a oficina mecânica”, conta. Diz, ainda, que recentemente caminhão da cooperativa de leite paranaense que faz coleta em Sete Quedas ficou atolado e acabou perdendo o produto. Por isso, ameaça não captar mais o leite do município caso a situação não seja resolvido, o que põe em risco a produção local.

Em Tacuru, o engenheiro da prefeitura Odilon Trindade Vanlençoela, ressalta que o escoamento da safra também é a grande preocupação. “Com a aftosa muita gente migrou para a agricultura e perdemos sete pontes o que compromete o escoamento”, diz. Segundo ele, a MS-160 está interditada em dois pontos, desde dezembro. Na ponte sobre o Rio Puitã e na galeria do Rio Tacuru. Segundo ele, são estimados investimentos necessários de R$ 6 milhões para resolver o problema. Só a prefeitura teria de aplicar R$ 1,5 milhão em recuperação de pontes e pavimento interno.

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