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Geral

Chega a 168 número de pessoas que passaram mal após desfile

Análise de água, comida e sangue começa nesta segunda

G1MS - 10 de setembro de 2018 - 15:30

Chega a 168 pessoas, entre alunos e militares do Colégio Militar de Campo Grande, que foram internados no hospital e tiveram reações após o desfile do dia 7 de setembro. O último relatório de vítimas, com os sintomas de diarreia, vômito, febre e dor de cabeça foi feito por volta das 22h (de MS), deste domingo (9). Dias antes, uma professora também teve os mesmos sintomas e foi dispensada.

Durante este final de semana, pais de alunos do ensino médio responderam a questionários. "A intenção é mapear onde eles [vítimas] estiveram, que tipo de alimentação foi ingerida e achar a ponta do problema. Os pavilhões são separados e tivemos a ocorrência de uma professora, com os mesmos sintomas e que foi dispensada", afirmou ao G1 o major Bruno Magalhães, do setor de comunicação do Colégio Militar.

Desconfiança de vírus
Conforme Magalhães, o clima ruim na última semana, também deixou os alunos dentro da sala de aula e por isso a suspeita do rotavírus. "As salas ficaram fechadas e também tivemos um caso de uma filha e, em seguida, a mãe dela, com os mesmo sintomas, o que gerou desconfiança por parte do infectologista. Na escola, nosso universo é de 900 alunos e cento e pouco foram acometidos pelo problema. O número parece muito grande, porém não em relação ao efetivo", explicou Magalhães.

As análises, nesta segunda (10), começam com o recheio da carne servida na esfirra, além da água utilizada tanto na confecção dos alimentos quanto na cantina do aquartelamento, além da previsão de exame de sangue que será colhido de alguns alunos.

Veja na íntegra a nota da Seção de Comunicação Social do Colégio Militar de Campo Grande:

Nos dias, 7 e 8 de setembro, compareceram à emergência do HMil A CG cerca de noventa crianças do Colégio Militar de Campo Grande, em sua totalidade alunos do ensino médio, mormente do 1º ano, sendo o 3º ano o segundo grupo mais numeroso. Em que pese parecer tratar-se de intoxicação alimentar, essa hipótese tem sido refutada, tanto pelo Comando do Colégio Militar, quanto pelo Dirt HMil A CG.

Uma razoável possibilidade é que, em face da proximidade da primavera, e considerando-se o frio que se abateu sobre Campo Grande a partir de 2 de setembro próximo passado, houve o favorecimento da contaminação do “rotavírus”, bastante facilitada pelo fato de os alunos terem assistido as aulas dos dias 3, 4 e 5 de setembro em salas de aula o tempo todo fechadas, devido às baixas temperaturas. Grandes quantidades de alunos (praticamente todo o efetivo das mais de nove centenas de discentes) ingerem água e alimentos no Colégio, de diferentes fontes (lanches produzidos pela APM, buffet-almoço do período integral, merenda escolar, refeições produzidas pela cantina, lanche fornecido pelo Colégio no desfile de 7 de setembro e etc). Se tivesse ocorrido algum tipo de salmonelose, teríamos várias centenas de alunos em situação de saúde muito mais precária da que observamos nesses dias.

Todavia em concerto, do Comando do Colégio Militar com o Dirt do H Mil A CG, serão realizadas análises laboratoriais em alimentos, bem como na água do Colégio, a partir da próxima segunda-feira, a fim de se ter diagnóstico mais exato dessa contaminação. Naquela ocasião poderemos mapear também os efetivos que tiveram problemas de saúde semelhantes nesses dias, e que não compareceram ao Hospital Militar. Tentaremos verificar quais grupos estiveram mais suscetíveis a essa contaminação, para a partir daí determinarmos as causas desse mal que acometeu nossos alunos.

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