Governo e parlamentares devem definir até o início de fevereiro como será a certificação do gado bovino brasileiro. A decisão foi tomada na última quinta-feira, (2/12), durante encontro de representantes da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural com o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues. A reunião também contou com a presença de secretários estaduais do setor.

Dois pontos estão em discussão: o primeiro é o rastreamento que tornará possível obter informações sobre a origem, a vacinação, a alimentação e os deslocamentos do animal, e que só será obrigatório na exportação. Essas informações são armazenadas em um chip em forma de brinco na orelha do gado. O segundo ponto é a reivindicação dos agricultores para que a certificação seja feita por propriedade - e não por cabeça.

A Comissão formou um grupo para, no início do ano, apresentar propostas para a instrução normativa do Ministério da Agricultura que definirá as novas regras.

Normas sanitárias

O deputado Ronaldo Caiado (PFL-GO) afirma que o tema também é de interesse do consumidor. "Acredito que estamos evoluindo a passos largos para aquilo que todo consumidor deseja, que é saber do que ele está se alimentando, se realmente esse produto está seguindo as normas sanitárias de que a população não abre mão".

Caiado, no entanto, teme que as certificadoras acabem virando uma indústria. "São estruturas que se colocam como certificadoras mas que, na verdade, são cartórios, criados para enriquecerem às custas do setor rural, que não agüenta mais pagar taxas e juros neste País", afirmou.

Fonte: Ag. Câmara