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Ceni exalta ida ao Cruzeiro: 'É um momento mágico na carreira'

Correio do Estado - 13 de agosto de 2019 - 22:00

Em uma concorrida entrevista coletiva na abarrotada sala de imprensa da Toca da Raposa II, em Belo Horizonte, Rogério Ceni foi apresentado nesta terça-feira como novo técnico do Cruzeiro. Com contrato até dezembro de 2020, o novo comandante do time celeste foi paciente e atencioso para atender a tantas perguntas e se mostrou muito feliz com a oportunidade que recebeu, depois de deixar o Fortaleza no último domingo.

"Isso aqui é um momento mágico na carreira de qualquer pessoa. De poder chegar num clube como o Cruzeiro, bicampeão da Copa do Brasil. Temos esse jogo contra o Inter, em Porto Alegre, com todas as dificuldades. Talvez tenha sido um dos grandes fatos que tenha me trazido aqui. Não se joga fora a oportunidade de ser campeão quando se trata de Cruzeiro. Vamos tentar nos reencontrar nessa competição e, principalmente, no Campeonato Brasileiro", disse Rogério Ceni, explicando um dos motivos de aceitar a proposta cruzeirense.

Mais uma vez, o ex-goleiro fez questão de falar as razões de não ter aceitado a proposta do Atlético-MG em abril, quando Levir Culpi foi demitido. "Eu nunca tive uma proposta do Atlético-MG. O Rui Costa (diretor de futebol) uma vez ligou pra mim e a situação era completamente distinta. Nós estávamos em meio a uma final de Campeonato Cearense e semifinal de Copa do Nordeste. Eu jamais deixaria a oportunidade de ser campeão. Não há preço para títulos. Eu jamais deixaria essa oportunidade (de ser campeão) passar e sair num momento como aquele", comentou.

"Esse é um momento diferente, (deixei) o Fortaleza campeão cearense, campeão da Copa do Nordeste, numa posição boa na tabela de classificação do Brasileiro. Achei que era um momento para um grande desafio. Ficar no Fortaleza, acho que seria certo As pessoas que acham que eu não deveria ter vindo, respeito a opinião. Vir para o Cruzeiro, se você disser que não é certo, eu diria que você está fora da curva", prosseguiu Rogério Ceni.

Antes da apresentação, o novo treinador deu o tom da primeira conversa que teve com o elenco, em termos motivacionais. "O mais importante, e falei para eles, é que se sintam bem, felizes. É um paraíso poder trabalhar no CT como esse. São extremamente valorizados, têm uma história aqui dentro já construída, a maioria deles. Quem já foi campeão, sabe o caminho. É questão de atitude, de foco mantido. Sabem como é chegar ao título. Quem ganhou uma vez na vida, não esquece o sabor. O sabor da vitória é incomparável", ressaltou.

FRED - Rogério Ceni não se omitiu de comentar a situação de Fred, centroavante que não marca um gol sequer há mais de 15 jogos. O técnico, que trabalhou com Gustavo e Welligton Paulista no Fortaleza, reencontrará o jogador que foi seu companheiro de seleção brasileira na Copa do Mundo de 2006, na Alemanha.

"Um jogador de área, apesar de fazer proteção. Boa finalização. Vamos trabalhar com ele igual a um garoto de 20 anos, fazer com que tenha o espírito cada vez mais jovem e tirar o melhor dele. A qualidade eu sei que ele tem. O tempo passa para todos e não é fácil se manter bem fisicamente. Mas vou dar, neste começo de trabalho, a prioridade é quem tenha condição física. Vou torcer para que ele esteja bem. É um camisa 9 clássico, de área, e espero que ele possa ajudar bastante", disse.

Sua estreia no Cruzeiro será neste domingo contra o Santos, líder do Campeonato Brasileiro, no estádio do Mineirão, em Belo Horizonte. Rogério Ceni pede a ajuda da torcida. "O que pode fazer a diferença neste jogo é justamente a força da torcida. O tempo de preparação pro time é curto, os atletas têm o talento individual, têm o conjunto do passado. Vamos tentar melhorar. A cada semana esse time tende a jogar da maneira que eu gosto. Mas o torcedor, sem dúvida nenhuma, é o que pode mover esses atletas para vencer uma equipe que, pra mim, é uma das mais ajustadas, das melhores, que jogam um futebol mais envolvente do país", afirmou.

Sobre a crise administrativa do Cruzeiro e o risco dela interferir dentro de campo, o técnico acredita que isso não terá influência. "Pelo que vi hoje (terça-feira), pela maneira que vi os jogadores, vejo um ambiente extremamente saudável. Eu sou técnico do Cruzeiro, minha função é dentro das quatro linhas. Não vi absolutamente nada que pudesse provocar uma reação diferente dos atletas. Vamos trabalhar todos os dias. São coisas distintas, eu acho. E também, honestamente, estou chegando agora, não tenho uma noção exata do que se passa. Mas vamos trabalhar com futebol, dentro do campo, preocupado com resultados. E com o futebol, tentando jogar um futebol cada vez melhor", finalizou.

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