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Cenário de 7 mortes, BR-163 lidera em acidentes em MS

Aline dos Santos/Campo Grande News - 03 de janeiro de 2006 - 18:09

Sete pessoas mortas: este foi o saldo de dois acidentes que aconteceram nesta terça-feira no mesmo trecho, próximo ao município de Jaraguari, na BR-163. Pela manhã, às 10h30, uma colisão entre um Fiat Brava e um caminhão causou a morte de quatro pessoas da mesma família. O militar Adilson Pereira, de 36 anos e sua filha, Natasha Pereira, de 12 anos, morreram no local do acidente. Sua esposa, Miréia Santi Pereira, de 30 anos, e seu filho, Herikys Aleksander Pereira, de 8 anos, faleceram após dar entrada na Santa Casa de Campo Grande. O acidente também envolveu mais dois veículos: um Fiat Siena e um Corsa.

À tarde, o cenário de carros retorcidos, que ainda eram guinchados, despertou a atenção de dois motoristas. Um veículo Corsa e uma caminhonete Nissan Frontier colidiram frontalmente, provocando a morte dos condutores – Dejalmo Clóvis Linck, 65 anos (que estava na caminhonete) e Marco Antônio Pereira, 33 anos– e de um menino, filho do motorista do Corsa.

Seis pessoas ficaram feridas e foram levadas para a Santa Casa de Campo Grande. Quatro ocupantes da caminhonete – Maira Linck, 40 anos, e as filhas Gabriela, Roberta e Rafaela - e duas do Corsa, Almerinda Camargo Pereira e Florentina Freita Santos.

O número de mortes registrado até o dia 3 deste novo ano vem confirmar que a BR-163 é a líder no ranking de acidentes e mortes nas estradas de Mato Grosso do Sul. Dados da PRF (Polícia Rodoviária Federal) apontam que 51,7% dos acidentes com mortes registrados ano passado aconteceram na rodovia.

De um total de 176 mortes, 91 pessoas perderam a vida na maior rodovia que corta o Estado, que possui 839 km e se estende entre Sonora e Mundo Novo. Ao todo, a rodovia responde por 980 dos 1.996 acidentes contabilizados no ano passado.

Histórico de violência- Nos 45 primeiros dias de 2005, foram 11 mortes no trecho de 265 km que liga Sonora a São Gabriel do Oeste. Atos ecumênicos e audiências públicas cobravam melhorias nas pistas. Para o chefe de Policiamento e Fiscalização da PRF, inspetor Mário Rodrigues de Moraes, o trecho onde aconteceram os acidentes é considerado o melhor percurso de toda a extensão da BR-163. “O acostamento está no mesmo nível da rodovia”, salienta. Ele lembra que também havia boas condições de visibilidade. “Em geral, os acidentes são causados por puro abuso”, enfatiza.

De acordo com o inspetor, a dupla falta de atenção e excesso de velocidade é a responsável pela maior parte das colisões. “A orientação é que o condutor mantenha uma velocidade adequada, com a qual ele consiga ter controle sobre o veículo, minimizando assim as conseqüências do acidente”, pondera.

No último acidente, os veículos estavam com velocidade superior a 100 km/h; o velocímetro do Corsa travou quando o ponteiro acusava 110km/h, velocidade máxima permitida pela Legislação Brasileira.

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