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Células-tronco: paciente não precisará amputar perna

Marina Miranda / Campo Grande News - 11 de julho de 2005 - 14:46

Helio R.Tuzi
Helio R.Tuzi

Em entrevista coletiva esta manhã, o cardiologista José Dalmo de Araújo, do Instituto de Doenças Cardiovasculares, em São José do Rio Preto (SP), descartou a possibilidade do campo-grandense Ramão Torres Martins, 49 anos, ter de amputar a perna esquerda. O agente tributário corria o risco de perder a perna depois de uma trombose. Para tentar contornar o problema, se submeteu no início de maio a uma cirurgia para implante de células-tronco.
Exames realizados por Martins nesta segunda-feira, dois meses após o procedimento cirúrgico, apontaram o surgimento de novos vasos, o que possibilita a irrigação sanguínea na perna prejudicada pela doença. As células-tronco também permitiram que ossos dos dedos do pé do paciente que foram amputados recebessem a cobertura necessária. “Sem as células-tronco isso não seria possível”, garantiu o cardiologista, segundo reportagem do Site Rio Preto News.
A circulação sanguínea e a pressão estão estáveis na perna que passou pelo procedimento, o que indica a boa recuperação do sul-mato-grossense.
Martins terá de realizar exames mensais até o sexto mês após a cirurgia para verificar a evolução de seu caso. O médico ressaltou que não pode assegurar que Martins vá ficar totalmente curado, levando em conta que ele é o primeiro paciente a se submeter a esse tipo de cirurgia.
Martins ainda sente dores devido a úlcera acentuada que possui próximo aos dedos amputados, mesmo assim comemora a melhora diária.

Cirurgia – Depois de descobrir que estava com trombose e teria de amputar a perna, Martins foi tentar o tratamento com células-tronco, disponível em São José do rio Preto. Ele é o primeiro paciente vítima de trombose a se submeter ao implante.
Antes de passar pela cirurgia, Martins teve de fazer uma série de exames para ver se ele estava apto a receber as células-tronco.
Após a retirada de sangue da medula óssea do paciente e da preparação do material em laboratório, foram inseridas 3,6 bilhões de células-tronco através de 40 injeções na panturrilha esquerda de Ramão Torres Martins, que já tinha amputado dois dedos do pé devido à doença.
O tratamento ainda não é pago pelo SUS (Sistema Único de Saúde), e quem quiser ter acesso a cirurgia deve desembolsar cerca de R$ 9 mil.

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