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Caxumba: quais são as causas? E os sintomas? Como é feito o diagnóstico?

Portal Med - 15 de maio de 2016 - 16:00

A caxumba (parotidite infecciosa) é uma doença infecciosa aguda, geralmente inócua, de transmissão respiratória, causada por um vírus da família paramyxoviridae, gênero rubulavirus, aparentado com o vírus do sarampo e que afeta principalmente uma ou ambas (90% dos casos) glândulas parótidas, mas que pode também afetar outras glândulas salivares (submaxilares e sublinguais) ou outros órgãos.

Normalmente é uma doença própria da infância, mas que pode causar alguns problemas no adulto.

Quais são as causas da caxumba?

O vírus da caxumba é um vírus da família paramyxoviridae, gênero rubulavirus, altamente infeccioso. Os vírus são transmitidos de pessoa a pessoa por gotículas expelidas pelo espirro, tosse, respiração em ambiente fechado ou por contato direto com a saliva. Eles podem ser transmitidos pelo compartilhamento de utensílios como copos, pratos e talheres. Os vírus podem perdurar por algumas horas fora do organismo e serem transmitidos após o contato, caso a pessoa encoste-se no vírus e depois leve a mão à boca ou ao nariz.

Uma pessoa infectada com caxumba pode contaminar outras entre aproximadamente seis dias antes do início dos sintomas (no período de incubação, portanto) e até cerca de nove dias após o início dos sintomas.

O período de incubação do vírus é, em média, de 16 a 18 dias.

Quais são os sinais e os sintomas da caxumba?

O principal sinal da caxumba é a inflamação e o crescimento de uma ou de ambas as glândulas parótidas e das outras glândulas salivares, responsáveis por produzir saliva.

O vírus penetra pela boca e se localiza na glândula parótida, onde se dá a multiplicação primária, produzindo inflamação nessa glândula. Ele pode também localizar-se nos testículos, ovários, pâncreas, tireoides, cérebro, próstata, fígado, baço e timo, gerando sintomas próprios a cada órgão. Alguns casos de caxumba são assintomáticos (20-30%), mas se há sintomas os mais gerais e comuns são:

Inchaço doloroso das parótidas.
Febre.
Cefaleia.
Dores ao engolir.
Perda de apetite.
Náuseas ou vômitos.
Dores nos testículos ou nos ovários.
Se não tratada adequadamente, a caxumba em adultos ou adolescentes (e muito raramente em crianças) pode afetar o sistema nervoso central, causando uma meningoencefalite, ou os testículos, causando uma orquiepididimite. Outras complicações possíveis são: meningite asséptica, pancreatite, infecção da tireoide ou dos neurônios, atrofia dos testículos, problemas ovarianos ou cardíacos e infecção renal.

Como o médico diagnostica a caxumba?

O diagnóstico da caxumba deve ser feito através de uma detalhada história clínica e de um exame físico que confirme a presença das glândulas parótidas inchadas. Geralmente a doença é diagnosticada sem necessidade de testes laboratoriais, mas caso haja incerteza sobre o diagnóstico, um teste de saliva ou de sangue pode ser realizado. Provas sorológicas também podem ser feitas.

Como o médico trata a caxumba?

A caxumba não tem tratamento específico; é uma doença autoresolutiva.

O tratamento é basicamente sintomático, com analgésicos, anti-inflamatórios ou antitérmicos, conforme o caso. A aspirina não deve ser usada, pois a sua utilização em doenças virais tem sido associada à insuficiência hepática. Pode-se aplicar bolsas de água quente ou fria nas áreas edemaciadas com o objetivo de amenizar a dor. Recomenda-se uma dieta com alimentos macios e muita água e sucos naturais. Alimentos ácidos podem piorar a dor.

Como prevenir que a caxumba se dissemine?

Existe vacina eficaz (97%) contra a caxumba e que raramente produz efeitos colaterais, aplicada a partir dos 12-15 meses de vida. Em geral ela é aplicada junto com as vacinas para o sarampo e para a rubéola (vacina tríplice viral), mas pode ser aplicada isoladamente.

Os anticorpos maternos protegem os filhos durante os primeiros meses de vida.

Adultos e adolescentes que nunca foram infectados e nem tomaram a vacina devem ser imunizados, especialmente mulheres que planejam engravidar.

A criança afetada não deve frequentar ambientes com muitas pessoas.

Como evolui a caxumba?

A imunidade conferida pela própria doença geralmente dura por toda a vida. São raríssimos os casos de reinfecção.

A mortalidade é muito baixa e acontece principalmente em adultos.

O vírus atravessa a placenta sem causar malformações fetais, mas pode causar aborto.

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