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Cassilândia: Zona Azul, o estacionamento rotativo
Pelo que tomei conhecimento, a Prefeitura de Cassilândia quer implantar o sistema Zona Azul de Estacionamento Rotativo, isto é, os motoristas e motociclistas têm que pagar, algo em torno de R$ 1,50 ou R$ 2,00 por hora, para ter direito de estacionar nos acostamentos de ruas e avenidas centrais.
Se de um lado haverá a choradeira em função do surgimento de mais uma taxa a se pagar, e isso sempre gera descontentamento, por outro lado surgirá a comodidade para os consumidores conseguirem uma vaga para estacionar.
Um fato é inquestionável: não só em Cassilândia, mas praticamente em todas as cidades brasileiras onde não há o sistema Zona Azul não se encontra vagas para estacionar na hora das compras ou de buscar bancos e empresas prestadoras de serviços.
E por quê? Os proprietários de lojas e dirigentes de órgãos públicos e de serviços, que, às vezes, moram a duas ou três quadras do local de trabalho vão de carro e ocupam, logo cedo, praticamente todas as vagas de estacionamento.
E com isso os clientes que chegam um pouco mais tarde, já no horário comercial, não encontram vaga para estacionar o carro ou a moto.
De acordo com pesquisa nacional do Sebrae, os itens que garantem o consumo são, pela ordem, estacionamento, preço baixo e atendimento. O estacionamento aparece em primeiro lugar como fator que determina a compra ou o uso de serviço no comércio brasileiro.
Para se implantar o sistema Zona Azul de Estacionamento Rotativo, é preciso que a Câmara de Vereadores aprove o projeto, afinal estar-se-á criando mais um tributo.
Na minha modesta opinião, vale a pena criar mais uma taxa se os recursos arrecadados forem investidos, de fato, na melhoria da malha viária municipal, no tapa-buracos e no ordenamento do tráfego de veículos.
Geralmente a criação de taxas e tributos gera descontentamento, mas no caso do Zona Azul de Estacionamento Rotativo irá trazer benefícios para os comerciantes, os clientes e para a população em geral.
Até porque o condutor que não quiser estacionamento, principalmente aqueles que moram na região central e adjacências, poderá ir a pé para o local de trabalho e deixará vagas livres para quem mora longe e para os consumidores de que vem de outros municípios.
E, cá entre nós, uma caminhada sempre faz bem para a saúde. E não causa nenhum tipo de impacto ambiental e contribui para descongestionar a região mais movimentada da cidade.
CORINO DE ALVARENGA