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Cassilândia: Secretário de Justiça fala ao Rotativa

Bruna Girotto - 11 de março de 2011 - 15:23

Em entrevista ao programa Rotativa no Ar, da Rádio Patriarca, o secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), Wantuir Francisco Brasil Jacini, que visitou Casilândia ontem (10), disse que pôde ouvir os reclames da sociedade, durante a reunião que aconteceu na Loja Maçônica Luz de Akhnaton.

\"Foi uma reunião muito proveitosa, pois tive a oportunidade de ouvir os anseios e as aflições. Nós não conseguimos resolver tudo na velocidade que a sociedade espera, mas a justiça e segurança pública acontecerão em todas as cidades\", afirmou o secretário. Ele acredita que, em breve, conseguirá dar uma resposta melhor aos anseios sociais.

Wantuir disse que Mato Grosso do Sul tem 44 presídios, sendo que um fica em Cassilândia. De acordo com ele, além da atenção que merece ser dada ao município em razão do presídio, também é necessário se atentar pelo fato da cidade fazer divisa com outro Estado. \"Eu sei que não é suficiente, nós precisamos melhorar. Em breve a Polícia Civil receberá reforço\", afirmou.

Ele disse ainda que irá conversar com o comandante da Polícia Militar, para ver se há necessidade de reforço.

João Girotto disse ao secretário que algumas pessoas saíram frustradas da reunião, porque acreditavam que ele traria coisas mais concretas. Jacini explicou: \"Tem uma expectativa que a gente chegue e proveja. Mas não é assim. A gestão do dinheiro público tem limites da lei que devem ser cumpridos. Nós fazemos concursos que levam em média dois anos. A aquisição de veículos leva mais ou menos 1 ano e meio. Então, não temos condições de atender estantaneamente todas as dificuldades da sociedade. Nós temos uma urgência maior em fronteiras, depois subfronteiras, e assim por diante. E também auferimos a crimininalidade por municipio\".

O secretário citou o empenho para solucionar um crime na cidade: \"Aqui em Cassilândia quando houve o assassinato de um empresario, nós designamos uma equipe especial para investigar, e conseguimos prender\".

Jacini foi questionado se o número de habitantes não deveria ser um critério verificado para a destinação de policiais às cidades. Ele respondeu: \"Esse é um dos critérios analisados para destinação de recurso. Temos cidades que não acontecem crimes, e não é pelo número da população que colocaremos policiais. Levamos em conta também a criminalidade e a necessidade estratégica. Temos cidade com 3 mil habitantes em MS que ostenta um dos maiores índices de criminalidade do Brasil. Se fosse usar apenas o critério de proporcionalidade, nós colocaríamos apenas 3 ou 4 policiais. Estaríamos atendendo a proporcionalidade e não a criminalidade do município\".

Disse ainda da impossibilidade de criar gestões da polícia em todas as cidades: \"Temos de instalar por região. Aqui na região a Delegacia Regional e o Batalhão ficam na mesma cidade. E ali faz a gestão dos municípios daquela área. Nós temos 11 regiões. A regionalização da administração é mais eficaz se for feita assim. Essa é a razão de termos um batalhão em uma cidade. No futuro, com o crescimento do Estado, novos grupos surgirão\".

O secretário disse que no fim de abril a Polícia Civil receberá reforço. Quanto a PM, afirmou: \"Vamos estudar o desempenho da PM em Cassilândia. Foi identificada na reunião sobre a escolta de preso. O STF já autorizou a videoconferência para audiência. Se o Judiciário fizer isso, não haverá esse trânsito nas escoltas\".

Afirmou ainda: \"O juiz colocou uma questão que acho necessário dar resposta. Algumas cidades têm presídios com vagas ociosas, outras com excessos de presos. Eu sei que essas vagas ociosas não vão suprir a necessidade, mas vão melhorar. Eu conversei com o corregedor do TJ, foi enviado um ofício a ele na segunda sobre essa colocação\". O secretário disse que irá tentar fazer com que a gestão seja exclusiva dos diriginetes, que aí vão poder fazer esse manejo das vagas de acordo com a necessidade, ouvindo sempre o Judiciário e MP.

E, quanto aos menores infratores, o secretário explicou: \"Nós recebemos as UNEIS, todas deterioradas e quebradas. Estamos em um trabalho de construção. Após isso, nós poderemos buscar nas cidades os menores e levar. Daqui 3 meses, a Unei Dom Bosco estará pronta em Campo Grande, e será possível levar os menores que causam maiores problemas nas cidades. A Unei de Corumbá ficará pronta daqui 6 meses. A Unei de Dourados daqui 5 meses fica pronta. A outra Unei de Campo Grande demorará mais 8 meses. A Unei de Três Lagoas levará uns 2 anos para construir. Com as UNEIS, nós vamos poder começar a atender.\"

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