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Cassilândia: se não for candidato vão achar que me vendi, afirma Zeca

Bruna Girotto - 16 de abril de 2010 - 14:54

Durante visita à cidade de Cassilândia (MS), Zeca do PT, pré-candidato ao governo do Estado, participou de uma entrevista no programa Rotativa no Ar, na Radio Patriarca nesta sexta-feira (16).

No programa, ele foi questionado pelo apresentador João Girotto se sairia ou não como candidato ao governo. Ele responde que foi plantada "uma central de boatos". "Ah, o Zeca não vai ser, o Lula não vai deixar, a Dilma não quer, vai amarelar. Primeiro que não sou mercadoria, não estou a venda não tenho preço. Segundo que conversei com o Lula, que é meu amigo, e disse que ele não tem obrigação nenhuma comigo. Lá, ele pode fazer o segundo palanque".

Zeca do PT disse ainda que o atual governador André Puccinelli foi a Costa Rica hoje lançar uma obra da BR-358, mas que a obra foi realizada toda com dinheiro do governo federal. "E tinha uma placa lá escrita MS Forte", afirmou.

Ele disse acreditar nas pesquisas eleitorais porque elas retratam o momento: "Existe, Girotto, com toda sinceridade, um descontentamento generalizado, o povo se sentiu traído. Acabaram as estradas vicinais, porque acabaram os convênios do Estado com os municípios”.

A respeito do Fundersul, Zeca contou que não acabaria com o Fundersul. "O que nós cobrávamos - que era metade do que o André cobra - era suficiente. Porque tínhamos uma parceria com as prefeituras e víamos qual era a prioridade para recuperar cada região."

O pré-candidato foi questionado sobre o alto valor do combustível no Estado desde a época em que era governador: "É verdade que nos 8 anos do meu governo tive de aumentar o combustível. Mas fiz, igual aos outros Estados. Eu recebi um Estado falido, que recebia R$50 milhões de ICMS e entreguei com R$ 270 milhões. Mas, os outros Estados abaixaram o valor e aqui o combustível ficou lá em cima."

Zeca do PT disse que está pensando em chamar alguém ligado ao agronegócio para ser seu vice. Citou os nomes de Zelito Ribeiro, Maia, Italívio Coelho. "Se não for desta área, vou ver com o PSB ou PP, enfim, para tentar buscar em Dourados. Porque aquela região foi muito desprestigiada e a grande Dourados tem quase a metade do eleitorado do Estado."

Sobre o Bolsão sul-mato-grossense, ele expôs que os erros têm de ser corrigidos. "A promessa do novo governo é contemplar o Bolsão com iniciativa do ponto de vista de interiorizar. Não quero que Três Lagoas seja Cubatão de Mato Grosso do Sul. Penso em incentivo de ICMS diferenciado. Dou 15% de incentivo para ficar em Três Lagoas, mas 70% para quem for para Cassilândia. É uma maneira de trazer indústria para cá, para gerar emprego. Temos que criar mecanismos para valorizar o daqui, mas também temos de trazer novas tecnologias que estão lá fora."

Finalizando, ele explicou o motivo que o leva a ser pré-candidato ao governo do Estado: "Para ser sincero, eu tinha falado com Gilda, que tinha concluído minha vida pública. Tive 10 anos no Sindicato dos Bancários, 8 como Deputado e 8 como Governador. A gente não viu nossas filhas crescer, e agora somos avôs, que é uma delícia. Eu fui 4 vezes em 2007 procurar o André e disse "Pára de falar besteira, pára de falar mal do Lula, do PT". Chegou num estágio que, ou eu saía como candidato, ou nem minha netinha de 3 anos vai acreditar que eu não me vendi", concluiu.

(Esta matéria pode ser reproduzida mediante citação dos créditos de redator e do site)

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