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Cassilândia: Reitor da UEMS é sabatinado na Câmara

Guilherme Colagiovanni Girotto - 06 de maio de 2009 - 14:27

Câmara Municipal completamente lotada para ouvir as considerações do reitor da UEMS Gilberto Arruda
Câmara Municipal completamente lotada para ouvir as considerações do reitor da UEMS Gilberto Arruda

O reitor da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, professor Gilberto Arruda, esteve na manhã de hoje em Cassilândia, para conversar com acadêmicos, políticos, sociedade civil organizada e a população em geral, a respeito dos "boatos" de que o curso de matemática da unidade seria extinto ou transferido para Campo Grande, bem como o curso de letras deixaria o campus do município e transferido para Paranaíba.

Após as considerações da classe política presente ao encontro, que ocorreu na Câmara Municipal, o reitor fez uso da tribuna, sendo por diversas vezes aparteado pelo público presente, que lotou as dependências do legislativo municipal. Até o poder Judiciário, preocupado com a situação, manifestou-se solidário pela manutenção dos cursos de letras e matemática na cidade, sendo representado pelo juiz de direito da Comarca e diretor do Fórum, Dr. Sílvio C. Prado.

Em sua fala, o professor Gilberto não confirmou a extinção ou transferência de cursos de qualquer campus da UEMS. Entretanto, disse que há na pauta da reunião do conselho - segundo o reitor, o único órgão que pode definir se um curso será criado, extinto ou transferido - ainda não marcada, de uma polarização da UEMS, com vistas a trazer cursos correlatos em cada unidade, deixando de misturar ciências humanas e agrárias.

Essa divisão da UEMS, que poderá ser aprovada na próxima reunião do Conselho, que é formado por 47 membros sendo apenas 03 de Cassilândia, acaso aprovada, decretaria a extinção do curso de matemática e a transferência de letras para Paranaíba.

O que soa contraditório entre a fala do reitor e os argumentos levantados pelos professores da UEMS também presentes a reunião, é que a pauta da reunião do Conselho, que é presidida pelo reitor, é organizada pelo departamento a ele subordinado, o que leva a conclusão de haver interesse por parte da reitoria na extinção do curso e não dos professores que trabalham em Cassilândia para mudarem de cidade.

Tal fato, inclusive, foi questionado por uma professora da UEMS que, ao se dirigir ao reitor, solicitou que o mesmo, como representante da classe dos professores, esclarecesse toda a comunidade que os professores da unidade jamais solicitaram qualquer transferência ou extinção de curso a fim de transferirem de cidade, uma vez que as determinações, quando ocorrem, são "de cima para baixo", o que tem deixado os profissionais que aqui trabalham mal vistos pela sociedade.

Em mais de uma hora de explanação pelo reitor Gilberto, infelizmente, o resultado do encontro foi negativo, uma vez que somente trouxe preocupação quanto ao futuro dos cursos de matemática e letras, já que o reitor não confirmou a continuação dos cursos na cidade, apesar de não ter negado.

O fato é que, a título de exemplo, não há qualquer comentário a respeito de extinção de cursos em Paranaíba, Aquidauana ou qualquer outra unidade e, coincidentemente, também não está incluída na pauta da reunião do Conselho essas unidades. Estranha e triste coincidência!

A pergunta que não quer calar: será que alguma vez o Conselho deixou de aprovar a pauta apresentada na reunião pela reitoria? Acaso negativo a resposta, Cassilândia, na UTI, ainda luta para conseguir fazer história nesta próxima reunião.

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