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Cassilândia: polícia descobre novas fraudes
As investigações na prefeitura de Cassilândia já descobriram outras fraudes além do esquema nas licitações da administração municipal, segundo o delegado adjunto Paulo Henrique Rosseto de Souza. Desde o dia 11 de abril, seis pessoas foram presas, entre eles, cinco servidores de Cassilândia. Segundo ele, a previsão inicial de desvio já foi ultrapassada "há muito tempo".
No dia 11, durante a ação, denominada "Operação Judas", foram presos os servidores Luceni Quintina Correia, Ana Regina Arantes, Ivete Vargas de Souza e o ex-secretário de Finanças de Cassilândia, Waldimiro José Cotrim, que pediu afastamento há cerca de duas semanas. Também foi detido o marido de Luceni, Eugênio Luiz Azambuja. Na casa dela, a polícia encontrou R$ 584 mil em dinheiro e cheques.
No dia 13 de abril, a polícia prendeu o servidor Orange Resende e Silva, funcionário que trabalha na tesouraria, responsável por um dos caixas da prefeitura. A prisão foi determinada para evitar que ele pudesse destruir possíveis evidências da fraude.
Inicialmente, as polícias Civil e Militar e o Ministério Público Estadual (MPE) investigavam esquema de fraude em diversas licitações da Prefeitura, como combustível e aquisição de material de escritório. O delegado Paulo Henrique Rosseto explica que a vasta documentação apreendida no dia 11 de abril já demonstra a existência de outros esquemas fraudulentos, além dos que envolviam os processos licitatórios.
A previsão inicial de desvio que fizemos era tímida; o valor já foi superado e muito, diz o delegado. Em entrevista anterior, o promotor Ronaldo Vieira Francisco já havia dito que a fraude era de milhões, sem quantificar o tamanho do rombo, que pode ser alto, já que alguns dos funcionários envolvidos trabalham na prefeitura há 20 anos.
Paulo Henrique diz que a força-tarefa destinada às investigações não descarta a participação de outros servidores nos esquemas fraudulentos, mas que por enquanto, não haveria perspectiva de novas prisões.
Fonte: Redação TV Morena