Em entrevista à Rádio Patriarca concedida ontem (22), o delegado Rodrigo de Freitas falou sobre a conclusão do inquérito policial que investigava a morte do tenente José Eufrásio da Silva, 49 anos, ocorrida no dia 15 de outubro em Cassilândia (MS).

Em seu relatório final, o delegado concluiu que o soldado da Polícia Militar, Adriano Paulo da Silva, 34 anos, conhecido como Paulão, é culpado pela morte do tenente e responderá por homicidio doloso (quando há intenção de matar).

No local do crime, além dos dois, estavam mais três policiais militares: os soldados Carapia e Bettiol e o cabo Caleghari.

Segundo o delegado, o cabo Caleghari foi chamado ao local do crime pelo soldado Paulo. Caleghari, por sinal, já havia praticamente contornado a situação, estava com o filho do autor no colo e não estava armado. O delegado explicou que não havia como o cabo reagir: \"A gente sabe que o policial não estava esperando isso. Ele quis proteger a criança. Como ele ia entrar na linha de tiro? Tinha policiais armados, ficando difícil desse policial tomar qualquer atitude\".

O soldado Bettiol também não cometeu qualquer infração. De acordo com o delegado, ele esava atrás do soldado Carapia, o que impossibilitou que efetuasse qualquer disparo.

Já, pelo entendimento do delegado, o soldado Carapia responderá por homicídio culposo, isto é, quando não há intenção de matar. Ele atirou uma vez e errou, \"depois efetuou o segundo disparo no momento em que o Paulo e o tenente Eufrásio estavam caindo, sendo que atingiu a cabeça do tenente, que veio a óbito\", afirmou Rodrigo.

Apesar de reconhecer como exemplar a conduta do soldado Carapia, o delegado disse que deve enquadrá-lo na prática do crime de homicídio culposo.

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