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Cassilândia: para delegado, dívida causou morte de tenente

Bruna Girotto - 19 de outubro de 2011 - 16:28

\"Algumas testemunhas ouvidas relataram que havia uma dívida do tenente Eufrásio com o policial Paulo referente a uma corrente\". Deste modo, o delegado Rodrigo de Freitas começou respondendo à entrevista concedida hoje (19) ao programa Rotativa no Ar, da Rádio Patriarca, ratificando o que foi dito ontem (18), pela juíza Luciane Buriasco Isquerdo.

Antes do dia do crime, conforme relataram as testemunhas, Paulo teria reclamado com outra pessoa a respeito da dívida existente. Segundo o delegado, quando o tenente Eufrásio chegou na casa de Paulo, no dia do homicídio, começou uma discussão entre os dois, tendo surgido o assunto da dívida.

\"A gente não sabe quando o tenente deveria pagar ou não a dívida. O que sabemos é que o Paulo ficou nervoso com a presença do tenente lá e começou a ofendê-lo, dizendo que ele devia e não o pagava\", contou o delegado.

O fato da dívida ter sido o motivo de discussão que antecedeu o homicídio, de acordo com o delegado Rodrigo de Freitas, é determinante para verificar se o crime é de competência militar ou não: \"Porque este foi o motivo principal, ou pelo menos um dos principais, do Paulo ter desferido os disparos. E ele já estava nervoso e alterado, tanto que os Policiais Militares foram à residência dele por duas vezes. Quando o tenente chegou e quis controlar a situação, o Paulo não aceitou e começou a questão da discussão da dívida, que seria referente a uma corrente. Aí que o Paulão se alterou mais ainda e efetuou os disparos. Justamente por isso, não seria competência da justiça militar. Seria justiça comum, júri popular\".

Sobre a questão da competência, Rodrigo explicou mais: \"Não era uma questão de militares. Pelo contrário, era uma questão civil, de dívidas\".

O delegado contou como ocorreu o fato: \"O tenente foi lá para resolver a situação e ele estava de férias. Ele, de forma nenhuma, estava em exercício da função. E a discussão não foi em razão da função, foi em relação a essa dívida. Isto que deixou o soldado Paulo totalmente alterado\".

Rodrigo afirmou que os dois principais motivos que deixou o soldado Paulo irritado foram a violência doméstica e a dívida com o tenente Eufrásio, demonstrando mais uma vez, a inexistência da competência militar no julgamento do crime.

\"Foi um motivo banal, uma coisa que não poderia ter acontecido\", concluiu o delegado.

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