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Cassilândia paga mais a professor e 51 não atingem piso

Campo Grande News/ Edivaldo Bitencourt - 15 de março de 2010 - 17:25

Levantamento da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul) revela que o município de Cassilândia, a 415 quilômetros da Capital, paga o melhor salário para professor no Estado. O Governo estadual e mais 17 cidades pagam mais de R$ 1.312,85, valor considerado o piso ideal pela entidade.

Já outros 51 municípios pagam valor inferior. Das 69 redes pesquisadas, oito pagam valor abaixo do considerado ideal até pela Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul), de R$ 1.024,00, que é o piso de R$ 950 corrigido pela inflação dos últimos meses.

O estudo será divulgado amanhã, quando ocorre a paralisação nacional em defesa do piso nacional do magistério e deverá ter a adesão de 70% das escolas públicas municipais e estaduais de Mato Grosso do Sul, segundo estimativa do presidente da federação, Jaime Teixeira.

A Fetems acusa 70% das prefeituras de não cumprirem a Lei Federal 11.738/08, que manda corrigir o piso pela variação do custo aluno, que foi de 38%. No entanto, o assunto gera controvérsias. O Governo federal e os municípios aceitam correção menor, de 7,7%, para R$ 1.024.

Melhores salários - A Fetems pesquisou a rede estadual e as escolas municipais de 67 municípios. O maior valor é pago por Cassilândia, de R$ 1.903,37 para o profissional de nível médio e com jornada de 40 horas. O valor inclui regência de classe de 25%.

O valor supera em 9% o vencimento do docente da rede estadual, que recebe R$ 1.745,60, o 3º maior no Estado. Em segundo lugar ficou Chapadão do Sul, com 1.759,62. A Capital paga o 4º maior salário, R$ 1.726,61 e Fátima do Sul, o 5º, com R$ 1.675,64.

Nenhum outro município de grande porte estão entre os 10 maiores vencimentos do magistério: Mundo Novo (R$ 1.606,80), Alcinópolis (R$ 1.595,52), Naviraí (R$ 1.589,52), Angélica (R$ 1.529,92) e Paranaíba (R$ 1.505,61).

Três Lagoas fica em 12º, com R$ 1.439,40, e Corumbá, em 14º, com R$ 1.395,00. Dourados, segunda maior cidade do Estado, paga o 34º piso ao educador, de R$ 1.213,09. Ponta Porã ficou em 60º lugar, com R$ 1.024.

O vencimento do professor com nível superior, que representa quase 90% dos servidores, tem acréscimo. No caso do Estado, o valor é 50% superior, o que equivale a R$ 2.618,40.

Mobilização – A mobilização nacional dos docentes defende a instituição do valor de R$ 1.312,85. “Os números publicados demonstram a necessidade urgente de se fazer cumprira lei, valorizando a profissão do magistério”, destaca a Fetems, no comunicado a ser veiculado amanhã.

“Assim conseguiremos corrigir as distorções salariais que ocorrem e padronizar as condições de trabalho com dignidade aos/as profissionais em educação”, enfatiza.

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