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Cassilândia: o que foi dito sobre a greve dos servidores

Bruna Girotto - 03 de maio de 2010 - 14:30

Márcia Mel, Leonir e Tânia Mara foram hoje (03) ao programa Rotativa no Ar falar sobre a greve dos servidores municipais em Cassilândia.

Márcia Mel, presidente do Sisec (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Cassilândia), frisou que os professores não têm o melhor salário e nunca tiveram. "Se há transtorno para os alunos hoje, se alunos vieram da fazenda e tal, isso deveria ser visto por eles antes do problema acontecer", disse.

A professora Leonir disse que a greve não é do professor, mas do funcionário público municipal: "Quando cheguei na Câmara, fiquei surpresa, porque a Câmara estava lotada de funcionários de todos os setores. Nós fomos informados que estão passando nos setores, pegando nomes dos servidores que suspenderam suas atividades".

Ela continuou: "Não é perseguição. Quando eu era presidente do Simted, eu era do mesmo partido do então prefeito José Donizete, mas fizemos greve com 100% de adesão. Também fizemos greve na época do ex-prefeito Jair, conhecido por ser linha dura. Nessas duas vezes, chegamos a um acordo, porque tinha negociação. E agora não estamos tendo. Estamos há tempo negociando, e não houve interlocução. Então tivemos de lançar mão daquela arma chamada greve".

Leonir afirmou que a greve não é ilegal e nem imoral: "É de direito nosso. Têm cidadãos que estão nos apoiando, porque a cidade está um caos."

A professora disse lamentar a conversa que teve com o vereador Fião, no último sábado, na praça São José: "Ele disse 'Mas vocês ganham muito'. Eu perguntei, 'nós quem?' Ele falou 'vocês, professores'. Mas a paralisação não é dos professores e sim de todos os funcionários."

Então eu disse: "Fião eu vou lançar um desafio: baixe uma lei que o vereador vai ganhar um salário mínimo. E ele disse que queria ver se eu seria candidata. Eu respondi que seria, porque sou profissional, e não faria da vereança uma profissão."

Neste momento Márcia Mel falou: "Ele (Fião) disse que já pediu para o prefeito abaixar o salário dos professores. Dissemos que não pode mexer em direito adquirido. Então ele disse que ia tirar a regência. Então disse que para isso, tem de mandar para a Câmara aprovar e ele disse 'eu aprovo'".

Segundo a professora Leonir, a reposição de aulas será negociada. Toda categoria sabe que trabalha com carga horária e precisa repor.

E, por fim, a professora Tânia Mara, presidente do Simted (Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação de Cassilândia) afirmou que hoje existem cinco escolas municipais em greve na cidade: "Quero destacar e elogiar o vereador Éder Quirino, líder do prefeito, que nos acompanhou até o paço Municipal. Fomos recebidos pelos vereadores Giuliano, Fivela, Valdecir, Arhtur, Claudete e Florisvaldo".

E concluiu: "Pedi ao vereador Éder, que até às 19h, dê uma resposta para a gente. No mínimo, pedimos reajuste em cima dos 4,5% da inflação. Desde março estamos tentando uma negociação”.

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