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Cassilândia: Luceni revela reunião para queimar papéis
Luceni Quintino está sendo ouvida, neste momento, pelo juiz de Direito, dr. Silvio C. Prado. Ela disse que ouviu existir dívida de campanha no valor de R$ 80 mil para um cidadão conhecido como "Pintado". Quando notou que o "esquema" estava aumentando passou a guardar os vales em casa.
Ela disse que um dia após a primeira busca e apreensão feita pelo Ministério Público, na Prefeitura, foi feita uma reunião com todos os secretários, o vice-prefeito e os advogados da prefeitura, decidindo pela queima dos vales. Ela queimou alguns e outros não. O prefeito estava em Brasilia e foi comunicado, por telefone, o que estava acontecendo pelo advogado Ademir Cruvinel.
Sobre o pagamento aos vereadores, que não citou nomes, disse que às vezes era mensal e outras, três vezes por mês. Sobre um pagamento de R$ 10 mil, que seria repassado a vereadores, estavam Baltazar e Silvonei. Naquele dia, segundo ela, foi repassado R$ 1 mil para Silvoney e o restante foi entregue ao secretário de Finanças, Valdir Moreira.
Luceni disse que é funcionária pública municipal há 20 anos e trabalha na função de tesoureira há cerca de seis anos e meio. Ela afirmou que desde 1997 desconta cheques, mas que não utiliza dinheiro da prefeitura. Declarou também que chegou a receber gratificações de R$ 2 mil, R$ 3 mil e até de R$ 5 mil, a partir de 2005, mas não gastou esse dinheiro.
A orientação, segundo ela, era de que as notas frias não ultrapassassem R$ 8 mil, valor que dispensa liciitação.
(Informações, direto do Fórum de Cassilândia, do repórter da Rádio Patriarca, João Pamplona)