Hoje, dia 22 de maio, faz vinte anos que faleceu um dos maiores líderes de Cassilândia: Joaquim Tenório Sobrinho, o Pernambuco.
Foi por duas vezes prefeito da cidade, uma vez vice e o vereador mais votado na história da cidade, proporcionamente ao número de habitantes.
Chegou a ser considerado um homem rico, mas como se dizia "dava tudo o que tinha para os outros". Morreu como funcionário de uma empresa da cidade. Podia não ter nada em casa, mas ao saber que alguém estava doente, comprava um refrigerante e alguns quilos de carne e fazia a visita, entregando os mantimentos. Chegou a ser considerado o "pai dos pobres". Não faltava a um velório.
Existem muitas histórias do Pernambuco. Como prefeito, foi avisado que o governador do Estado (na época Mato Grosso) iria visitar a cidade e teria que fazer uma recepção. Foi curto e grosso com o emissário. "Quer festa, então mande o dinheiro, porque nós não vamos gastar o nosso, que é muito pouco". O governador não visitou a cidade.
Tinha o pavio curto, mas um coração maior do que ele.
Dois filhos seguiram a carreira política: Luizinho Tenório, foi prefeito de Cassilândia e deputado estadual. Assis, foi prefeito por duas vezes de Peixoto de Azevedo, no Mato Grosso.
A sua mulher, da. Maria, morreu há cerca de três meses, rodeada do carinho das filhas, que não a deixava um minuto sózinha.
A MS 306 e o prédio da Prefeitura receberam o nome de Joaquim Tenório Sobrinho. A homenagem mais interessante é a Vila Pernambuco, que não tem esse nome. Ela se chama São Joaquim, dado pelo próprio Pernambuco, mas pouca gente sabe disso na cidade. Ele abriu essa vila, segundo os mais antigos, no enxadão.
Um enfarte fulminante levou o Pernambuco, há 20 anos, com 64 anos de idade.