Em entrevista concedida ao Rotativa no Ar, da Rádio Patriarca nesta quarta-feira (26), Rita de Cássia Silva Eufrásio, viúva do tenente José Eufrásio da Silva, 49 anos, que faleceu no último dia 15, falou sobre as dúvidas que possui a respeito do dia do crime.

Rita contou que o tenente estaria negociando com Paulão a troca de um cheque. \"Não tem muita lógica, de repente do nada, o Paulão ter começado a ameaçá-lo. Até porque eles já tinham feito negócios antes. Eu acredito que como eles já tinham um negócio em vista para ser feito, ele do nada, não iria lá na casa dele ou fora dali, para querer expor a vida pública do Eufrásio\", contou.

Ela disse ser do conhecimento de todos, que o tenente tinha um prazer nas horas de folga. \"Até para ele assumir ele colocou isso em cartas brancas. Ele gostava de jogar um baralhinho. Ele expôs isso. \'Olha, se isso trouxer problemas à polícia eu não assumo o posto de comando\'. Mas ninguém se opôs. Era de conhecimento de todo mundo\", afirmou.

Rita negou um comentário que surgiu a respeito do tenente: \"Ele nunca teve envolvimento com jogo de bicho. Isso eu afirmo\".

Em uma ligação feita para a mãe, durante uma partida de baralho, na quinta ou sexta-feira, antes de sua morte, um amigo do tenente ouviu a conversa. Eufrásio teria parabenizado ela pelo aniversário e dito que esperaria a esposa chegar e no sábado iria visitá-la para viajarem.

Para Rita, isso reafirma seu entendimento: \"Eu acredito que ele teria ido para fazer a troca de cheque. Não para insultar ou ser insultado. Honestamente, conhecendo ele como conheço, é claro que ele ia tentar apaziguar qualquer situação em qualquer lar\".

E completa: \"Acredito que ele foi no quartel, conversado com a guarnição e com a esposa do Paulão e foi à casa do Paulão. Mas não acredito que ele tenha se envolvido de graça com o Paulão em uma confusão\".