À espera da visita da direção da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) é entusiasta do leilão que oferta áreas no Estado para procura de petróleo e gás natural. Marcado para amanhã no Rio de Janeiro, o leilão mobiliza protesto mundial nas redes sociais.
“O presidente da ANP vai nos visitar para mostrar as áreas que vão a leilão para possível prospecção do petróleo e gás natural. Isso tem segurança ambiental total, não tem risco. É mais uma possibilidade de ganho para Mato Grosso do Sul”, afirma o governador.
De acordo com Azambuja, a agência fará o leilão porque tem estudos geológicos sobre o potencial. “A gente tem que esperar essa visita para que mostrem quais os campos e potencial produtivo”, diz. A reunião ainda não foi agendada.
Conforme levantamento do jornal O Globo, dos 287 blocos que serão ofertados na 14ª rodada do leilão, 177 têm algum tipo de entrave ecológico.
Em Mato Grosso do Sul, as áreas em oferta ficam na Bacia do Paraná, que abrangem os municípios de Água Clara, Anaurilândia, Angélica, Bataguassu, Batayporã, Brasilândia, Campo Grande, Deodápolis, Ivinhema, Nova Alvorada do Sul, Nova Andradina, Novo Horizonte do Sul, Ribas do Rio Pardo, Rio Brilhante, Santa Rita do Pardo, Taquarussu e Três Lagoas.
De acordo com a ANP, a Bacia do Paraná é classificada como nova fronteira, ou seja, possui áreas geologicamente pouco conhecidas. A agência esclarece que o Estado não possui produção de petróleo ou gás natural e não há áreas em fase de exploração.
Contudo, a área em oferta possui potencial para descobertas de gás natural em modelo exploratório análogo ao do Parque dos Gaviões na Bacia do Parnaíba, atualmente a segunda maior produtora terrestre de gás natural.
Cartazes com a inscrição #leilãofossilnao são exibidos por estrelas do cinema, como o ator Mark Ruffalo, políticos e ativistas.