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Cassilândia: Delegado conta como foram presos acusados
As investigações que levaram a prisão de mais cinco pessoas em Quirinópolis, Goiás, iniciaram em julho quando se desencadeou a Operação Carruagem e prendeu um grupo de Água Clara acusado de roubo a ônibus na região de Cassilândia. Essa foi denominada Operação Carruagem II, disse o delegado Paulo Rossetto em entrevista a Rádio Patriarca, na tarde de hoje.
Quando ocorreu a prisão do quadrilha de Água Clara, alguns citavam uma pessoa como Pedro Goiano e Ademir Goiano. Mas, não tinham precisão sobre o nome do acusado, mas todos afirmavam que era o chefe da quadrilha, prosseguiu o delegado.
Mesmo com uma parte presa, o último roubo a ônibus no final de julho levou a conclusão, pelo modus operandi, que era a mesma quadrilha.
Em operação conjunta com o GARRAS, de Campo Grande, Polícia Civil de Cassilândia e o Núcleo Especial de Investigações da Polícia Rodoviária Federal chegaram ao acusado como chefe da quadrilha e outros integrantes.
Cada um tinha tarefa delimitada no roubo: um conduzia o veículo, outro entrava no ônibus e ficava com o motorista e outro ia até o fundo do ônibus.
Além de prender mais cinco pessoas ainda foram recuperados produtos levados das vítimas, somente de celulares, cerca de cinqüenta e as três armas dos acusados.
A quadrilha era bastante organizada, segundo o delegado, que tinha inclusive um local em Quirinópolis para guardar os produtos roubados.
A polícia entende que o coordenador dos roubos era Ademir Rosa Gonçalves, que seria o João, pelas informações levantadas com outras pessoas presas, inclusive da primeira ação policial. Confessou alguns roubos a ônibus, não todos e segundo o delegado inicialmente participou da quadrilha de Água Clara, mas houve uma ruptura e ele teria formado outra em Goiás tendo como comparsas Carlos Eduardo Marques Ferreira, o Gigante e Uerdem Burrig Neves de Aguiar, vulgo Cabeção.
Ademir na oitiva no inquérito disse ao delegado que eram somente três que praticavam os crimes e não em quatro, porque não compensaria para dividir o produto do roubo.
As duas mulheres presas não participaram do assalto, mas sabiam que os maridos trabalhavam no roubo, inclusive uma delas chegou a vender dois celulares roubados. A mulher de um deles, o Gigante, não tinham conhecimento que o marido participava de atos criminosos, porque inclusive ele trabalhava em um lava-jato, esclareceu.
Fez questão de agradecer mais uma vez a rapidez da Justiça Local, juiz e promotor, na concessão das prisões preventivas, após análise das provas e também ao Conselho Municipal de Segurança que viabilizou recursos materiais e logísticos para o sucesso da operação.