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Cassilândia: contradições marcam reconstituição de crime

Bruna Girotto - 24 de outubro de 2011 - 15:37

O delegado da Polícia Civil de Cassilândia (MS), Rodrigo de Freitas, contou hoje (24) no programa Rotativa no Ar, da Rádio Patriarca, as duas versões existentes para o crime que acabou na morte do tenente José Eufrásio da Silva, 49 anos, na madrugada do último dia 15. Estas versões foram descritas pelo acusado e por testemunhas na última sexta-feira (21) durante a reconstituição do crime.

Na versão do suspeito, o soldado Adriano Paulo da Silva, 34 anos, conhecido como Paulão, ele teria efetuado um disparo de dentro da casa, saído e ido para o lado direito da residência. A vítima teria corrido para este lado também, onde tem um corredor estreito, e lá o soldado teria efetuado mais um disparo. Depois, Paulo teria ido para o lado esquerdo da casa, visto o tenente e dado dois tiros, que segundo ele, foram para cima. “Posteriormente, o Paulo correu novamente para o lado direito da residência, e quando estava chegando perto do corredor, eles trombaram e ele [Paulo] teria escutado um ou dois disparos nas costas e neste momento teria efetuado um disparo contra o tenente para soltá-lo. Isso porque o tenente havia segurado as mãos do soldado. O tiro teria atingido o tenente. O policial militar Caleghari teria conversado com ele dizendo que ele estava preso e ele dado as mãos para ser preso. Esta é a versão do Paulo\", relatou o delegado.

A versão dos policiais militares que testemunharam o crime é um pouco diferente. \"O Paulo estava dentro da residência e de dentro, após a discussão com o tenente Eufrásio, desferiu um disparo de arma de fogo contra o tenente. Este disparo atingiu o portão e encontramos a munição. Os policiais disseram que neste momento, de dentro da residência para fora, o Paulo não correu para o lado direito e sim para o esquerdo. O tenente correu para o lado esquerdo e foi para trás da casa e o Paulo correu também pelo lado esquerdo e deu mais dois disparos atrás do tenente. Estes disparos também não atingiram o tenente. Então o Paulo voltou correndo para o lado direito da residência e o tenente Eufrásio deu a volta. Lá, num canto, na parte da frente da residência, eles colidiram. Na hora que entraram em confronto na parte da frente, o tenente Eufrásio segurou as mãos do Paulo\", contou Rodrigo.

O delegado afirmou que não sabe ainda se antes ou depois que o tenente segurou as mãos de Paulo que houve mais um disparo. Ele aguarda o laudo para ter esta resposta, porém, já sabe que isso ocorreu em questões de segundos: \"É muito difícil para precisar, mas é sabido que ocorreu no momento em que estava brigando, pouco antes do tenente segurar ele ou logo em seguida que eles se seguraram. Então o Paulo teria dado um ou dois disparos, que foram os que atingiram o tenente. Pouco antes disso, o Policial Militar deu um disparo na linha de cintura do Paulo e errou. Ou, o Paulo deu os três disparos que matou a vítima ou, ele deu dois e um dos disparos teria saído da arma do Policial Militar\", descreveu.

(Esta matéria pode ser reproduzida, total ou parcialmente, desde que o site Cassilândia News seja citado como fonte).

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