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Cassilândia: Como nos velhos tempos

Dalmo Cúrcio - 30 de julho de 2009 - 10:19

Dalmo Cúrcio
Dalmo Cúrcio

Já não é mais tão comum ver a boiada viajando a pé como antigamente, quando o único meio de transporte era as longas viagens de boiadas cortando os sertões até o destino final. Contava tantas marchas e léguas, os percursos de cada viagem.

Mesmo assim, muitos pecuaristas ainda mantêm o velho estilo de transporte a pé de seus animais, como o exemplo de nossa reportagem, registrada no final de semana, na chegada do último pouso completando 18 dias de viagem destes animais, 747 garrotes.

Os garrotes saíram de Ribas do Rio Pardo com destino a uma fazenda na região da estrada sete placas da Celestina, pra frente da fazenda Pato Branco. Depois do longo trecho, a marcha chegava os animais próximo ao seu destino final.

Conversamos com o capataz e um dos peões, com o olhar e o rosto surrado pelo sol e a poeira das estradas. Vislumbramos ali, naquele momento, flagrantes da vida de peão, do cavaleiro calejado no lombo de um burro estradeiro. Com aquele fim de dia para eles era de satisfação por terem naquela expedição de transporte, uma viagem tranquila, sem nenhum imprevisto e perda de animais.

Ainda ao velho raciocínio dos pecuaristas conservadores, certas quantidades de gado, o transporte conduzido a pé é mais econômico. Mesmo que o cansaço e até a perda de animais em longas viagens e a exaustão dos peões, este costume tradicional ainda acontece nos dias de hoje.

Neste imaginário e na contemplação da natureza, presenciar aqueles momentos e ver ali um dever cumprido e ao ver o mestre e condutor da boiada recolher o último animal ao pouso daquela noite nos motivou a registrar este árduo trabalho da vida de um peão.
Mesmo que, para os flagrantes deste momento na vida dos peões, nos custou um viagem na estrada de areião naquela região do Indaiazão, aqui no município de Cassilândia encravar por duas vezes nos mochões de areia e avarias no veículo de nossa reportagem, carro baixo e a estrada em precárias condições e a falta de conservação nos levou a quebrar o veículo com impacto em pedras e nos buracos causando prejuízos de mais de R$ 4 mil.

Talvez a própria administração devesse planejar um projeto de levantamento e cascalhamento naquele longo trecho de estrada e a retirada do grande volume de areia que acumula na estrada, afinal a região da Celestina conhecida com estrada das setes placas é um importante trecho escoador da produção agropecuária de Cassilândia e do transporte escolar da região.























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