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Cassilândia: camiseta de Eufrásio sumiu, diz esposa

Bruna Girotto - 26 de outubro de 2011 - 18:17

Cassilândia:

Rita de Cássia Silva Eufrásio, viúva do tenente José Eufrásio da Silva, 49 anos, falecido no último dia 15, concedeu entrevista ao programa Rotativa no Ar da Rádio Patriarca nesta quarta (26).

Ela relatou que não entende porque mexeram na carteira do tenente e desapareceram com a camiseta que ele usava no dia do crime.

\"Eu conheço meu marido há 24 anos. A carteira dele foi detonada, foi super mexida. Faltam depósitos que ele guardava dentro da carteira. Falta um depósito que eu havia pedido para ele fazer na quantia de R$52. Não está na carteira dele, não está dentro do carro e não está na mesa dele. Ele sempre tinha um hábito de fechar a carteira e o dinheiro ficar no lado em que abre e já vê o dinheiro. E esse dinheiro não estava ali, estava guardado no lado de dentro da carteira. Esta é uma dúvida, sobre o que aconteceu ali com a carteira dele. Poderia ter caído no local? Poderia. Poderia ter espalhado papéis? Poderia. Mas a bermuda que ele usava era com botão, então a carteira não sairia dali. A bermuda está no legista\", relatou.

Ela comentou que a camisa que Eufrásio usava no momento do crime desapareceu. \"Ela deveria ficar como prova, porque aconteceu uma morte. Eu ouvi, mas não sei com certeza, que a camisa foi suspostamente lavada e jogada no lixo. Isso não pode acontecer. Pelo o que eu sei a roupa e pertences de mortos são entregues à família. Mas, se realmente esta roupa foi para um lixo, tem que ter um lixo. Nós sabemos que o lixo do hospital é terceirizado e que vem alguém buscar o lixo da Santa Casa. Então, essa camisa deveria aparecer em algum lugar. Essa camisa não chegou a ser apreendida, não sei onde foi descartada, se na Santa Casa ou no necrotério. Só sei que tem uma pessoa que estava na Santa Casa, que viu fazer o procedimento de abrir a camisa, e ela ficou aberta com ele\", descreveu.

No final da entrevista, ela pediu para expor as demais dúvidas que têm sobre a morte de seu marido. \"Na minha opinião, ele [Eufrásio] teria ido com o carro dele para o local. Nós precisamos de uma testemunha que tenha visto o carro perto da casa do Paulão. É uma dúvida que só mesmo ele poderia dizer e Deus\", disse.

E acrescentou: \"Se o policial que estava segurando esta criança não pôde intervir no momento da briga, corpo a corpo, por que ele veio dar voz de prisão, já que ele estava à paisana e por que ele não deixou esta criança no berço? Se esta criança tivesse ido para o berço, ela sairia da linha de tiro. No tempo da reconstituição, ele ficou com essa criança no colo e também ficou numa linha de tiro. Não sabia para onde estava correndo as balas, né? Também colocou em risco. Então essa também é minha dúvida. Se realmente aconteceu como foi colocado ali, já que está tendo uma divergência de um correr para um lado e outro dizer que correu para o outro lado\".

Disse ainda: \"Outra dúvida é se realmente ele entrou dentro da sala [do quartel] com a esposa [do Paulão] para conversar já que ele não estava em poder da chave da sala, que fica com o comandante de dia, e nós sabemos que ele não era o comandante de dia, ele estava de férias. Como ele entraria na sala dele se a chave não fica mais com ele?\"

Para finalizar ela agradeceu a presença do jornalista João Girotto da Rádio Patriarca, as investigações feitas na delegacia, o apoio dos militares, e à população: \"Quando ele [Eufrásio] veio para esta cidade, ele não queria vir. Mas ele veio porque foi enviado para cá e como ele sempre foi enviado para todas as cidades, ele sempre quis fazer um bom trabalho, ele estava se empenhando para fazer um bom trabalho. Estava tendo apoio da Câmara Municipal, da Prefeitura, de promotores, de juízes. Tudo que ele precisava para trabalhar, ele estava tendo aqui. Infelizmente ele não conseguiu realizar o último sonho dele, que seria fazer um bom policiamento, colocar uma equipe boa e se aposentar ano que vem. Ele gostaria de ficar morando nesta cidade, ele disse para nós depois\".

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