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Cassilândia: Baltazar diz que está faltando coragem

05 de outubro de 2009 - 07:40

O Cassilandianews publicou na sexta-feira a primeira parte da entrevista com o ex-vereador, ex-presidente da Câmara e ex-prefeito indicado, Baltazar Soares, concedida a Rádio Patriarca. Hoje, a segunda parte. Um resumo do que disse.

Sobre a candidatura de Jair Boni a deputado Federal

Tem conversado muito pouco com Jair, mas precisa ser analisada a possibilidade. Está disposto a conversar.


Sobre a CPI na Câmara Municipal contra a atual administração

Disse que governar Cassilândia não é fácil:. “Num embate eleitoral todo mundo quer agradar o eleitor, para conquistar o voto, e diz que é muito fácil administrar. Até com as mãos nas costas. E hoje se comprova que é uma cidade muito complexa, inclusive quando não se conversa politicamente. Poderia estar acontecendo com o Guilherme se tivesse vencido a eleição; com certeza, eu teria muito dureza se ganhasse a eleição; e, está acontecendo com o atual prefeito. Administrar é difícil e os problemas surgem”


Lembrou que no ano passado estava em Campo Grande e morava na Vila Pernambuco. Foi informado pela família que se iniciava uma manifestação na Praça da Vila Pernambuco e que a sua casa estava sendo atingida por fogos: “uma agressão dentro da nossa prória residência”, desabafa. Naquela época, ressalta, a classe política foi totalmente arrebantada e detonada.

Quando as pessoas foram ser ouvidas, prosseguiu, levaram pessoas algemadas, “que foi uma decisão do presidente da comissão da CPI, na oportunidade, que era o Zirley”. E prossegue: Uma empresáriad do comercio, próximo da praça, que nunca tinha concedido uma entrevista, que nunca tinha entrado dentro da Câmara, nunca tinha passado uma situação tão constrangedora, teve que dar depoimento ao vivo para as rádios, para a imprensa escrita e até para a televisão. E naquele momento ninguém achava que era constrangedor, todo mundo achava que aquilo era obrigação de se fazer para mostrar transparência. E hoje o entendimento é que tem que fazer com portas fechadas”.

Acha que deve ser respeitada a decisão dos vereadores de fazer a CPI como entenderem; “ mas, no futuro pode haver um grande questionamento do que ocorreu dentro da sala ou não, porque ocorreu ou não. Sabemos que não é fácil, amanhã ou depois, a comissão fazer um relatório para cassar ou absolver o prefeito. Mas, muito mais fácil é, se a população estiver acompanhando passo a passo. Aí o vereador poderá argumentar que não teve argumento suficiente dos depoentes para propor a cassação, ou se propor a cassação dizer que propos porque os depoentes falaram coisas que condiziam com práticas irregulares”.

Revela que já existem vazamentos de depoimentos feitos na atual CPI e que teria havido indícios de desvio de finalidade de recurso público. Entende que a transparência é necessária.

E critica: “Na verdade, quem está sendo covarde são os que passaram os problemas no passado. Porque, quem teve que depor publicamente, os que foram atacados nas ruas, se essas pessoas que sentiram tudo isto tiverem vergonha de hoje se exporem, vai continuar o que está acontecendo”.

Comentou que vai conversar com todas essas pessoas e inclusive com os ex-vereadores, porque segundo ele, “devem ter a coragem de mostrar a cara”.

“Eu estou quieto no meu canto e não estou nem aí como a administração pública está conduzindo o seu trabalho. Ouço o Guilherme Girotto, no seu programa de manhã, também não vejo comentar nada. Quem está denunciando¿”

Ele mesmo responde: o Márcio Amador Estevo, Dejaci Carlos da Silva, Armando Borges e Fivela que estavam no palanque do atual prefeito. E completa então “a oposição não tem nada a ver com o que está acontecendo.” “O prefeito não está tendo oposição, mas sim briga entre os partidários”. Acha que toda a oposição está disposta a conversar com o atual prefeito e ajudá-lo. Desafiou alguém provar algum ato dele que viesse a atrapalhar a atual administração.

“Eu não posso, sofrer o que sofri, ver o que está acontecendo, ou seja , a briga entre eles, e me calar.”

“Não estamos acusando ninguém, porque a denúncia não é nossa. Mas quando acontece a gente fica com vergonha de comentar ¿ com medo¿” Acha que essa conduta não é certa. Ninguém tem que ficar calado.

Conclue dizendo ser necessária a transparência na atual CPI, como ocorreu no período, quando estava no poder.


Veja a primeira parte da entrevista publicada na sexta-feira:

Cassilândia: Baltazar abre o peito e desabafa
Sexta-feira, 02 de Outubro de 2009 12:00


Com quase 20 quilos a mais e dizendo estar bastante tranqüilo, depois que deixou a vida pública, o ex-vereador e prefeito interino de Cassilândia, Baltazar Soares Silva, concedeu longa entrevista ao programa Rotativa no Ar, da Rádio Patriarca, falando sobre diversos assuntos. Ele pesava 55 quilos, em dezembro do ano passado, e agora confessa ter chegado quase aos 75 quilos. O segredo: dorme cedo e se alimenta no horário e bem. Também atendia 300 ligações de celular por dia e agora pouquíssimas.

Lembrou que chegou a trabalhar com uma empresa de gás, mas não se acostumou, está agora na construção civil, um dos motivos de andar “sumido”.

“Eu estou muito melhor hoje fora da política, como pessoa, do que antes, mas gosto de política como gosto de futebol. Jamais posso dizer que abandonei. Mas, vou pensar muito para voltar a fazer política. Uma das formas é se os grupos convergirem. Fazer política, por prazer, jamais eu vou fazer. Mas sou um soldado”, comentou.

E continuou: “Nenhum cidadão pode dizer que ao ocupar um cargo político ele é dono de si mesmo. Por mais divergência que possa existir em um grupo é necessário conversar. “

SOBRE O PSDB E A SENADORA MARISA

Permanece no PSDB, tem mantido contato, mas acha que os políticos devem parar de colocar pessoas ligadas a eles em detrimento a outros companheiros. Ele fez uma velada crítica a senadora Marisa que estaria colocando um parente como candidato (primo) e assim perdendo companheiros, como foi o caso de Márcio Fernandes, que deixou o partido com esta justificativa.

O Márcio Monteiro, ex-prefeito de Jardim, segundo Baltazar, está sempre acompanhando a senadora Marisa e isto causa problemas com outros companheiros.

“Não pretendemos disputar nada, por enquanto, então não existe nenhum motivo para deixar o PSDB, mas o partido precisa cuidar melhor dos seus companheiros”, enfatizou.

E revelou: “Temos o caso da secretaria do nosso partido de Cassilândia que hoje está ando aula no Distrito de Indaiá do Sul e não recebeu nenhum telefonema da senadora Marisa Serrano para ver, pelo menos, o que estava acontecendo.”

Criticou o partido que está recebendo os deputados Ari Rigo e Onevan. Entende que o partido não pode atender a interesses momentâneos em detrimento aos companheiros “que ficam amassando barro”.

Contou que o partido entregou a senadora um documento de apoio ao atual prefeito de Cassilândia, quando diziam que estaria atrapalhando. E a senadora está atendendo ao prefeito, que consequentemente atende ao município.

SOBRE CANDIDATURAS A DEPUTADO

Entende a necessidade de um acordo amplo. Lembrou que Luizinho Tenório foi beneficiado com este entendimento e perdeu na primeira, mas se elegeu na segunda vez.

“Entendo que dos três ou quatro nomes que se fala na cidade, precisa ter um entendimento, primeiro entre eles” aconselhou. “Se tiver um nome só, pode ser o meu pior adversário, terá o meu apoio, sendo de Cassilândia”

Lembrou que na eleição passada existiam três candidatos e ninguém se elegeu. O que não pode é a pessoa falar em união “desde que seja a favor do nome dele”. “Este tipo de jogo sem transparência, não vai a lugar nenhum”.

Baltazar também deu o seu ponto de vista sobre os últimos acontecimentos da política local. A entrevista continua na edição de segunda-feira do Cassilândianews.


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