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Cassilândia: agressão leve sempre progride, diz delegado

Bruna Girotto - 09 de maio de 2011 - 13:45

O delegado Rodrigo de Freitas, em entrevista ao programa Rotativa no Ar, da Rádio Patriarca, contou que a professora Doraci Cleuza Fernandes da Silva, conhecida por Dorinha, continua na Santa Casa muito machuada. Ela foi agredida no dia 5, por seu companheiro Eleomar Leonel Neto.

\"Ela está com os olhos muito inchados, não consegue enxergar. Fizemos a prisão em flagrante e encaminhamos o autor ao presídio. A lei Maria da Penha deve ser aplicada com rigor\", disse.

E continuou: \"Conversei com a Doraci e senti muito medo, principalmente em relação aos filhos. O autor ameaça a família dela. O que podemos e devemos fazer é a solicitação ao juiz da comarca para que o autor mantenha uma certa distância dela. Se chegar perto, será preso. Infelizmente, o Estado não tem suporte para colocar um policial por residência. Mas o que podemos fazer é utilizar os mecanismos legais\", explicou.

No momento, o autor continua detido. \"Vamos terminar o inquérito policial e encaminhar ao Poder Judiciário\", relatou.

A professora já havia feito um boletim de ocorrência contra o autor de ameaça. \"Algumas testemunhas relataram que ele era agressivo e havia briga. Nós sabemos que o casal brigava. Não apenas por parte do marido, mas da mulher também. Infelizmente vivemos em uma sociedade machista, e nada justifica o que o cidadão fez com ela\", salientou o delegado.

Rodrigo explicou que o cidadão começa batendo devagar e a agressão vai aumentando. \"Dá uma mordida, um tapa, um soco leve. O problema é que essas lesões leves sempre vão progredindo\", ressaltou.

Ele disse que procurará coibir este tipo de crime: \"Vamos encaminhar ao presídio, mesmo não tenho antecedentes\".

O delegado lembrou do caso de Nilma Vieira Paulino, ocorrido em abril do ano passado, em que o seu ex-marido atirou em seus joelho: \"É um caso bárbaro. O autor foi preso e foi encaminhado ao presídio. Encontrei a moça [Nilma], e ela ainda tem dificuldade para andar\".

O delegado disse que tiveram casos envolvendo a Lei Maria da Penha neste final de semana na cidade. \"Só que eram casos leves e a mulher não quer representar\", contou.

Por fim, Rodrigo afirmou que a pessoa só sente quanto atinge o bolso ou a liberdade. Por isso ele abritrariará fiança e encaminhará o autor ao presídio.

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