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Cassilândia: acusado de tentar matar Valdir Ferreira concede entrevista antes de se entregar

Bruna Girotto - 21 de abril de 2011 - 16:26

Moacir irá se entregar na próxima segunda-feira à Polícia Civil.Divulgação
Moacir irá se entregar na próxima segunda-feira à Polícia Civil.Divulgação

Antes de se entregar para a Polícia Civil de Cassilândia (MS) na próxima segunda-feira (25), Moacir Vasconcelos do Nascimento, 44 anos, acusado de tentar matar Valdir Batista Ferreira, concedeu uma entrevista exclusiva ao programa Rotativa no Ar, da Rádio Patriarca, nesta quinta-feira (20).

O Cassilândia News fez um resumo dos principais tópicos, de uma entrevista que durou cerca de 40 minutos.

\"Eu quero mandar um abraço para todos os meus familiares em Cassilândia. Estou bem, estou tranquilo. Segunda-feira, tenho fé em Deus, que estou à disposição da justiça, da lei, para pagar o que devo à justiça\", começou dizendo na entrevista.

Moacir contou vários detalhes sobre a convivência com Valdir, e também com a esposa, filha e neto da vítima.

\"Eu tenho valores assim como o sr. Valdir. Graças a Deus ele não morreu, não ficou aleijado. Eu não atirei nele. Ele tentou tirar a arma de mim, não sei se foi por medo ou atrevimento. E infelizmente a arma disparou. Graças a Deus ele não morreu. Sou criminoso, mas assassino não\", afirmou Moacir.

Ele acredita que o crime aconteceu, principalmente, por causa de problemas familiares com a sogra e ciúmes do neto.

Ao ser questionado sobre o motivo pelo qual ficou embaixo de uma árvore de madrugada, aguardando o Valdir acordar, ele negou: \"Em primeiro lugar, eu não tenho tempo de ficar de madrugada embaixo de árvore. Isso é mentira. Eu carreguei minha camionete de carvão e deixei em Chapadão. Eu tinha ligado para uma pessoa encomendando uns discos de grades que pegaria de manhã cedo. Cheguei em Cassilândia 5h da manhã\".

Sobre o fato de estar armado no momento do fato ele explicou que a arma estava na casa de sua mãe, e que esta havia ameaçado jogá-la fora: \"Eu disse que o revólver era herança do meu pai, e que iria guardar e levar para fazenda. Eu coloquei na cintura. Fui na casa do Paulo, que trabalha para o João Torres, que é perto do sr. Valdir. Passei perto da casa do sr. Valdir, mas não passei em frente. É mentira eu nunca estive embaixo da árvore\".

Por fim, Moacir contou como aconteceu o fato: \"Estava procurando a casa do Paulo. Vi o sr. Valdir afastando a camionete para colocar na rua. Foi quando o sangue ferveu e eu toquei minha camionete na frente da camionete dele. \'Por que que você não fala comigo? Por que que você não gosta de mim?\', perguntei. Ele mandou eu sumir. Eu disse que tínhamos de acertar. Ele me empurrou, eu empurrei ele. Ele entrou, abaixou o portão. Eu bati as duas mãos no portão. E falei para ele abrir o portão se não eu ia derrubar. Ele pediu o revólver para mulher dele. Ela disse que não ia dar porque ele era ruim para atirar. Ele abriu o portão, eu fiquei pro lado de fora e ele pro lado de dentro. Ele pegou e mandou eu ir embora, que ia chamar a Polícia. Alguém abaixou o portão. O portão bateu na minha cabeça, aí eu peguei e ergui a mão pra cima, pra segurar o portão. E aí apareceu o revólver. Ele pegou e avançou para tomar o revólver. Antes dele bater a mão nele [revólver], eu bati a minha. E com outra mão eu segurei o portão. Aí o portão me puxou pra dentro. Ele tentou tomar o revólver. Eu tenho 44 anos, ele é um homem forte. Pode fazer impressão digital que vê que tinha digital dele no revólver. Ele caiu de bruço. Ele falou: \'Pelo amor de Deus, ao amor que tem no meu neto, não me mata não.\' Graças a Deus não tive coragem.\"

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