O cassilandense Nilson Leitão, prefeito de Sinop, retorna à sua terra natal, depois de 16 anos. Fez uma visita à Rádio Patriarca, onde contou toda a epopéia da família, depois que saiu de Cassilândia, na década de 70, ainda menino. Residiu em Três Lagoas, Brasilândia e com 13 anos, seus pais resolveram acompanhar a filha mais velha, que tinha se casado com um rapaz daquela cidade. A cidade, ainda em formação, deu oportunidade para que fizessem de tudo um pouco. "Minha mãe cozinhava e eu e meus irmãos entregávamos salgados, marmitas, além de trabalhar em tudo o que aparecia", contou emocionado.
Logo entrou no Léo Clube, Rotaract, clubes de jovens, do Lions e do Rotary e participou da formação de um grupo de assistência social chamado Farrapos.
Com um irmão montou uma empresa de prestação de serviços, que chegou a empregar quase 80 trabalhadores.
Entrou na política, por acaso. Em uma reunião de amigos, no ano de 1996, sugeriram que deveria ser candidato a vereador. Apesar de recusar no início, aceitou depois e saiu candidato pelo PSDB. Seu nome não aparecia como possível eleito e para a surpresa de muitos, foi o mais votado no partido e o quinto entre todos os partidos.
Teve que se licenciar da Câmara, depois de 7 meses, para acompanhar seu pai Adriano Leitão, que fez uma bonita história em Cassilândia, que sofria de câncer. Depois da morte do genitor, foi lançado para a Assembléia Legislativa. Com sete candidatos na cidade, que hoje tem 130 mil habitantes, conseguiu ser o primeiro suplente. Com quatro meses, foi convocado pelo governador Dante de Oliveira, para assumir a Assembléia. Como, achava que cada dia, era o último, pela condição de suplente, trabalhou muito e seu nome ganhou destaque.
Foi convidado para ser candidato a prefeito de Sinop, depois de menos de dois anos, na Assembléia e ganhou com 49% dos votos. O adversário, que já tinha sido prefeito, teve 45%. Candidatou a reeleição e foi reconduzido ao cargo com 54% dos votos e o seu adversário teve 34%.
O PSDB já tem uma pré-decisão de sua candidatura para governador, mas acha que ainda pode esperar um pouco mais, pois tem 36 anos de idade.

Lembranças

Revelou que nasceu em Cassilândia, no Distrito do Indaia do Sul, e quer fazer uma visita ao local, para se reelembrar. Disse ter ficado feliz com a notícia de que no distrito existe uma rua com o nome de seu saudoso pai, que por sinal, foi o responsável durante algum tempo pelo cartório, que hoje não mais existe.
Contou que está em licença médica e por este motivo resolveu, depois de 16 anos, retornar à Cassilândia, com a esposa e seu filhinho, nascido em fevereiro e tem o mesmo nome do avô, José Adriano. Também para matar saudade, trouxe a sua mãe, da. Alice, que reside com ele. "Ela está feliz da vida, por rever velhos amigos", falou.
Chegou no sábado e deve retornar depois do feriado.