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Cassilandense, no México, inicia o relato de sua viagem no Diário de Intercâmbio

* Maria Fernanda Dutra - 23 de setembro de 2019 - 08:01

A estudante cassilandense Maria Fernanda Dutra (filha de Hidelma e José Maria), foi selecionada para participar do Intercâmbio de Jovens do Rotary Internacional ano 2019/2020. Patrocinada pelo Rotary Club de Cassilândia, Nanda (como é conhecida entre os amigos) passará um ano no México. Tendo completado seu primeiro mês "fora de casa", Nanda aceitou o desafio de contar essa história que tem mudado sua vida no Cassilândia Notícias. Este é, portanto, o capítulo 1 do DIÁRIO DE INTERCÂMBIO. Confira o relato e as fotos.

Cassilandense, no México, inicia o relato de sua viagem no Diário de Intercâmbio

Quando alguém perguntava qual era o meu maior sonho sempre respondia “viajar pelo mundo e conhecer culturas diferentes”. Hoje, com 17 anos, dou início a realização desse sonho passando um ano em Puebla, no México!

Não é segredo para ninguém que os Estados Unidos Mexicanos são um país um tanto quanto desvalorizado mundialmente, e até mesmo eu tinha uma visão de “ah, o que é que tem demais nele?”, mas assim que o avião aterrissou passei a ter uma visão completamente diferente sobre o que seria passar um ano conhecendo a sua cultura.

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Assim que encontrei minha host mom me esperando com um cartaz e um sorrisão no rosto, perdi 1% do medo que sentia por estar em um lugar onde conhecia nada e ninguém. Em sua casa, seríamos apenas eu e ela, já que a mesma é divorciada, sua filha está em intercâmbio na Dinamarca e o seu filho mora com os avós.

Em menos de uma semana em território mexicano, percebi que seus habitantes são bastante parecidos com os brasileiros em questão de hospitalidade, todos me tratam com carinho, paciência, e se encantam com as histórias que conto sobre o meu país de origem.

Conheci lugares maravilhosos apenas colocando os pés para fora de casa e andando pelo centro, onde há uma variedade de construções de casas antigas (que hoje se tornaram museus, bancos, secretarias, hotéis, etc.), música para todos os lados, comida em abundância, igrejas imponentes e até mesmo a 8ª Maravilha do Mundo, a Capilla del Rosario.

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A comida mexicana é globalmente conhecida por seu caráter “picante”, e esse estereótipo é real, mas acima de tudo me deliciei com o sabor. Sua culinária é rica, diversificada e excêntrica, e prova disso são os famosos “chiles en nogada” – um prato formado por pimenta empanada recheada com frutas; “mole poblano” – enchiladas recheadas com carne e molho agridoce cujo principal ingrediente é o chocolate meio amargo; entre diversos pratos típicos.

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Visitei Veracruz, uma cidade de clima extremamente quente e praias de mar calmo; Atlixco, famosa pela natureza e suas flores; e Cholula, onde há a “Tlachihualtépetl”, pirâmide que possui a base mais larga do mundo.

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Na segunda semana conheci a escola, “Centro Escolar Niños Héroes de Chapultepéc”, a maior de Puebla. Ela conta com prédios para a primária – ensino fundamental I, secundária – ensino fundamental II, e preparatória – ensino médio; e o que me chamou a atenção é que no México, quando os alunos passam para o 3º ano da prepa, escolhem a área de estudo, como engenharia, saúde, sociais, humanidades, comunicação... e assim, passam o último ano escolar focando na carreira que almejam seguir. Eu escolhi a área de humanidades, e tenho em minha grade literatura, inglês, estatística, física, informática, psicologia, epistemologia, pensamento criativo e espírito empreendedor e arte. Temos aulas das 7:00 às 14:00, e os primeiros 15 dias de aula foram um caos, não entendia metade do que os professores diziam e eram incontáveis tarefas e trabalhos (isso mesmo, nas primeiras duas semanas de aula), mas dentro da classe fiz amizades maravilhosas que têm me ajudado imensamente a acompanhar o ritmo.

Nos dias 14, 15 e 16 de setembro tivemos a primeira conferência distrital do rotary, onde intercambistas vindos da França, Itália, Brasil, Indonésia, Dinamarca, Alemanha, Bélgica, Estados Unidos, Turquia, Taiwan, Índia e Hungria (acredito que há outros países faltando, mas não me recordo agora haha) se encontraram em Puebla, tivemos atividades que nos estimularam a enturmar, participamos de uma festa mexicana (com comidas, música e trajes típicos) e celebramos o dia da Independência, com fogos de artifício e participação especial dos Mariachis – bandas típica do Mexico, muito contratadas para eventos familiares, declarações amorosas, casamentos, entre outros.

Cassilandense, no México, inicia o relato de sua viagem no Diário de Intercâmbio

Estar fora da minha zona de conforto tem sido um desafio, confesso. Aprender uma língua diferente, conviver com desconhecidos, entrar em contato com uma cultura que não seja a minha própria... mas tudo isso me ensinou que para realmente vivermos, precisamos deixar o controle remoto da tv de lado, colocar os pés para fora da sua casa e ver com nossos próprios olhos, sentirmos nós mesmos o que é fazer parte desse universo tão grande.

Nesta terça-feira 24 completo um mês da experiência mais marcante e incrível que tenho a oportunidade de vivenciar, conhecendo e descobrindo cada vez mais um mundo completamente diferente do que eu estava acostumada a apenas ouvir falar sobre, e me encontrando num lugar que em apenas 28 dias considero um lar.

Com carinho,
Maria Fernanda.

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