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Cassilandense é destaque no jornal Diário da Região, de Rio Preto

Redação - 07 de julho de 2013 - 19:15

Foto: Arquivo pessoal
Foto: Arquivo pessoal

O Cassilândianews já falou sobre o assunto. Hoje, o assunto volta a ser destaque na primeira página do jornal O Diário da Região, de São José do Rio Preto, através de matéria assinada pelo jornalista Raul Marques.

Leia:

EUA transforma cinzas humanas em diamantes


Raul Marques

Processo químico transforma corpos humanos em diamante Viúva desde fevereiro, a comerciante Inácia Alves da Costa Venditti, 49 anos, que se divide entre Rio Preto e Cassilândia (MS), é pura ansiedade. Ela espera a chegada de uma pedra preciosa criada com as cinzas do marido, com quem conviveu 29 anos e teve os filhos Stella, 26 anos, e Guilherme, 28 anos. Valter está voltando para a família, agora em em forma de diamante. Não é milagre, é apenas tecnologia. O procedimento, agora disponível em Rio Preto, é finalizado por meio de um sofisticado processo químico em um laboratório dos Estados Unidos.

Além de Rio Preto, só mais duas cidades do País oferecem o serviço - Santos e Curitiba. A pedra preciosa, com até dois quilates, é reconhecida pelo mercado e tem inestimável valor sentimental.Graças à fundamental participação da tecnologia, a pessoa que se foi renasce para sempre em um objeto real, palpável, ao alcance das mãos. A curiosa lembrança, no entanto, custa uma pequena fortuna: entre R$ 5,4 mil e R$ 50 mil - no limite, o mesmo que dois carros zero quilômetro.

A intervenção química é simples de explicar e difícil de executar. Extrai-se carbono de uma porção das cinzas, que varia de 180 a 200 gramas (a pessoa cremada gera de 1.200 a 1.500 quilo, depende de seu peso). O carbono é submetido a extremas temperaturas e convertido em grafite, cujos elementos servirão para criar a peça especial. Demora seis meses, em média, para ser concluído.

Após cremar o corpo, o crematório separa a pequena amostra e envia pelo Correio em um recipiente adequado para o especialista produzir a “mágica”. Inácia ainda guarda o luto pela perda, já que o marido Valter morreu em fevereiro, aos 55 anos, após lutar contra uma doença. Era de Floreal. Mas não abriu mão da homenagem, que custou R$ 10 mil.

“Ele sempre disse que gostaria de ser cremado. A gente respeitou sua vontade. Deus sabe o que faz”, diz Inácia, que vai guardar a peça com todo carinho, para mostrá-la apenas para os futuros netos e os parentes mais próximos. A filha Stella também planeja ter uma unidade. O plano é colocá-la em uma joia, não sabe se pingente ou colar. “Quero usá-la em ocasiões especiais. É como se meu pai estivesse junto de mim. Tem grande valor sentimental.”

A mãe completa: “É uma forma de eternizá-lo. Quando alguém morre, todo mundo fica sem norte. É claro que o diamante não é a mesma coisa que tê-lo com a gente.” A encomenda chega em três meses. O diretor do Jardim da Paz, Moacir Antunes Júnior, explica que a pedra traz grafada o nome de quem forneceu material para sua criação. Assim, torna-se única. É lapidada segundo o desejo dos familiares. É possível escolher formato, quilate, que oscila entre 0,15 e 2, e a cor, nas variações vermelho, verde, azul e incolor.

Para quem não sabe o que fazer com as cinzas, no segundo semestre Rio Preto vai ganhar seu primeiro columbário, ou seja, lugar adequado para depositar as urnas. Será no Jardim da Paz. Independentemente da destinação, as pessoas não medem esforços para prestar uma última e digna homenagem ao familiar que se foi e agora pode voltar. Em forma de pedra, a mais preciosa de todas.

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