Em dez anos, os casos de AIDS entre usuários de drogas diminuiu mais de 40% no Brasil. Mas eles ainda representam 10% dos portadores da doença. Um encontro hoje em Campo Grande reúne representantes de todo o país para discutir formas de evitar que os dependentes químicos se transformem em vítimas da doença.

O objetivo principal do encontro é discutir e propor soluções para a política pública de redução de danos no Brasil e na América Latina. Os eixos temáticos serão quatro: profissionalização dos redutores de danos; discriminalização da maconha; sustentabilidade do programa de redução de danos; e trabalho nas fronteiras. O evento conta também com programação cultural, com apresentação de peças de teatro e lançamento de livros.

De acordo com o Boletim Epidemiológico divulgado em novembro do ano passado pelo PN-DST/Aids, o número de casos de aids entre usuários de drogas injetáveis (UDI) diminuiu 49% no espaço de quase dez anos. Em 1993, foram notificados 4.926 casos em UDI, considerando homens e mulheres. Em 2002, foram 2.511 casos de aids nessa população específica. Ações de redução de danos, adotadas pelo Ministério da Saúde desde 1994, podem explicar a redução na incidência da doença.