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Caso Samila: delegado diz ter dúvidas se choque anafilático causou morte

Bruna Girotto - 04 de setembro de 2014 - 10:53

O delegado de Polícia Civil de Cassilândia, Alexandro Mendes, em entrevista ao programa Rotativa no Ar, da Rádio Patriarca falou há pouco sobre a investigação relacionada à morte da criança Samila Barbosa, 5 anos, no dia 23 de agosto na Santa Casa em Cassilândia (MS).

A criança foi internada e, após tomar um remédio intravenoso, faleceu.

"Estamos seguindo com as investigações. Estamos apurando os fatos. Ontem e terça nós fizemos a oitiva de boa parte dos funcionários da Santa Casa. Queremos entender, da parte dos funcionários, o que aconteceu", disse o delegado.

Para o chefe da Polícia, está sendo constatado que as informações obtidas pelos funcionários batem com a declaração da mãe. "Logo após a medicação a criança desfaleceu no colo da mãe", afirmou.

Porém, o delegado está apurando até que ponto pode se considerar o choque anafilático, como tem se ventilado, o motivo da morte da Samila. "Isso estamos apurando. Até que ponto isso daí pode ser um choqque anafilático. O choque causa o edema de glote, que vai ocasionar asfixia. Pelos relatos, não só da mãe mas dos funcionários, foi imediato o desfalecimento da criança. Essas questões estamos analisando. Estamos aguardando o exame necroscópico", relatou o delegado.

Alexandro acredita que está ficando delicado explicar como um choque anafilático pode ser tão rápido, por mais grave que seja. "Na via intravenosa, eu penso que não seja tão rápido. Uma coisa que eu vejo incompatível, eu não sou profissional da Medicina, dentro das pesquisas que realizei, o que parece incompatível é o choque anafilático ser tão rápido quando foi verificado. Isso me sugere outras coisas que podem ter desencadeado o desfalecimento".

O delegado afirmou categoricamente: "Dizer que houve postura inadequada de médico, ou da Santa Casa, não direi agora". Ele quer esperar que os fatos sejam esclarecidos antes de questionar tais posturas.

O médico legista de Paranaíba irá pedir dilação do prazo para entrega do laudo. Serão mais 10 dias de prazo, a partir do momento em que o delegado for notificado por ele acerca deste pedido.

A entrevista foi feita por Renata Dutra, repórter da Rádio Patriarca.

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