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Caso Halley: Família de mulher morta por executivo divulga carta psicografada

Midiamax - 03 de fevereiro de 2019 - 13:30

Um ano após a morte de Halley Coimbra, morta em Três Lagoas pelo ex-marido Renato Bastos Ottoni, de 62 anos, a família da vítima afirma ter recebido uma carta psicografada da mulher, alvo de feminicídio no auge dos 38 anos. O texto, divulgado por familiares, fala sobre a necessidade de perdoar e das dificuldades de um encontro póstumo entre assassino e vítima.

Em entrevista ao Jornal Hoje Mais, Délia Coimbra, mãe de Halley, contou que no último dia 19 foi até o túmulo da filha e, em oração, pediu que se a vida continuasse, que a filha falasse com ela. No mesmo dia, veio a mensagem atribuída a Halley dizendo que a vida não acaba.

“Eu não sei descrever o que eu senti; mas, agora estou mais fortalecida. A mensagem tem detalhes que me fazem acreditar que é minha filha que estava ali. Ela falou do pai, o chamou de Faustinho – apelido que somente nós o chamávamos em casa. E a assinatura no final da mensagem, é a dela”, disse.

Confira o texto na íntegra
Mensagem Psicografada de Halley

“Minha mãe Délia, eu estou aqui mãe, meu pai Faustinho me amparou ali mesmo na hora em que tudo aconteceu e o Renato perdeu a cabeça e fez o que sabem, eu não sofri mãe.

O Renato está ainda internando necessitando de cuidados necessários, eu ainda não fui vê-lo, porque ele não está pronto para me ver, não devo olhar para ele com olhos de acusação, só o perdão nos liberta.

Minhas filhas amadas Dominique, Luna, Lis a mãe não as esquece nunca, a mãe tá bem e viva. Meus irmãos queridos Rafaela e Rogeriane que Deus abençoe a todos. Mãe não guarde magoa os doentes não sabem o que fazem, ele não está perto de mim aqui não mãe, fica tranquila, Deus não deixa o mal seguir. Mae estude, compreende que a vida não acaba, por favor, se cuide, não pense que ele me matou, ele apenas me trocou de lugar, continuamos a viver, nossa consciência se encarrega de cobrar cada um na hora exata.

Eu sei mãe que o crime choca que a dor existe em teu coração, mas segue perdoando mãe, e cuide das minhas filhas, eu te amo, eu amo todos vocês.

De verdade eu não acreditava que ele faria o que fez, por isso não me protegi. Fiquem todos com Deus, com meu grato amor da sua amada Halley Coimbra Ribeiro Junqueira”.

O crime
No dia 14 de janeiro de 2018, por volta das 18 horas, a filha de Halley Coimbra, uma adolescente de 15 anos, estava no quarto e ouviu disparos de arma de fogo e gritos de socorro da mãe, que estava na cozinha, pedindo pelo amor de Deus para seu ex-padrasto não fazer ‘aquilo’.

Foi quando a adolescente ouviu o terceiro disparo e ao chegar à cozinha percebeu que o portão tinha sido acionado e o autor estava fugindo em seu veículo. Outras duas crianças, de 3 e 6 anos, estavam na sala no momento do crime.

Halley foi morta com três tiros, sendo que um atingiu a cabeça e ficou alojado na nuca e outros dois nas costas da vítima. O casal estava separado desde setembro de 2017 e vinha em litígio por desacordos no valor da pensão dos filhos.

Dois dias depois do crime o corpo de Renato foi encontrado na cidade de Castilho em São Paulo. Ele teria se suicidado com um tiro na cabeça.

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