A greve iniciada na terça-feira pelos carteiros foi suspensa na noite de ontem pela categoria que, no entanto, não recebeu nenhuma nova proposta nesta sexta-feira e nem aceitou a que havia recebido durante a semana. Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nos Correios, Telégrafos e Similares de Mato Grosso do Sul, Emídio Gonçalves Alves, a decisão foi tomada em virtude do desgaste causado pelas manifestações, concentrações e negociações. “A gente não está trabalhando, mas tem concentração o dia inteiro. A gente não agüenta”, afirmou.

Os carteiros agora aguardam a decisão da categoria nacionalmente, antes de tomar uma nova decisão. A última proposta da ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) era de prorrogar o adicional de risco por 90 dias. O adicional pago aos carteiros complementa a renda deles em 30%. Pela proposta, os grevistas também não seriam penalizados pelos dias parados.

Segundo a estatal, 287 dos 695 carteiros que trabalham em Mato Grosso do Sul haviam parado até quarta-feira. A greve chegou a Campo Grande, Três Lagoas, Dourados, Corumbá, Jardim, Sidrolândia, Camapuã, Chapadão do Sul, Aquidauana, Camapuã e São Gabriel do Oeste.

Em um dia normal, são entregues 300 mil objetos por dia pelos Correios de Mato Grosso do Sul. Em todo país, os correios possuem 170 mil funcionários; 1.400 no Estado.