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Carta revela outro lado da tragédia de policial que matou ex-mulher

Sim!News - 03 de fevereiro de 2013 - 10:44

No dia 21 de janeiro de 2011, o SIM!News publicava sua primeira edição e repercutia em seu destaque de capa a ação do policial José Henrique Stievanato, 35 anos, que matou a ex-mulher, Josilaine Aparecida Tauburi, 32 anos, e Maria Fernanda Mendonça de Mattos, de 17 anos, passageira do veículo cercado por ele na madrugada do dia anterior em plena Via Expressa. Em seguida, Stievanato cometeu suicídio.

Dois anos após o caso, o SIM!News teve acesso com exclusividade a uma carta escrita pelo próprio policial dias antes do acontecido. Nela, Stievanato prenunciava a tragédia que estaria por vir, detalhando seu estado de desequilíbrio provocado pelo fim do relacionamento com Josilaine e por uma rotina que o afastava da mulher amada. No relato, o policial menciona um trabalho paralelo – um bico – em um “posto” da cidade.

A carta, encontrada por familiares três dias após a tragédia, era direcionada para Josi, sua ex-mulher, mas não chegou a ser entregue. Demonstrando um estado de perturbação, o texto fala sobre sonhos com a mãe de Josi, já falecida na ocasião, em que ela lhe cobrava sobre o fim do relacionamento. “Tua mãe deitada na maca, me falando, me cobrando, dizendo que não era para ter acontecido isso e que eu vou sofrer as consequências. Em seguida, um tiro na cabeça e eu morro. O sonho é muito real, acordo aos gritos, sem ar e com a cabeça estourando”, diz em trecho da carta, para em seguida afirmar que atentaria contra a própria vida. “Até tentei suicídio, mas não deixaram. Acho que vou tentar de novo”, revela o policial, antecipando a tragédia.

O dia em que o crime aconteceu, Stievanato e Josilaine voltaram a se encontrar no Fórum de Araraquara para assinar a separação. “Foi a gota d´água. Ele, que não tinha o hábito de beber, saiu de lá direto para um bar, onde tomou cachaça e cerveja, algo que ele não fazia com frequência. Antes de voltar para a casa, já bastante embriagado, ele ainda a encontrou em um posto de combustível, de onde a seguiria até a Via Expressa e efetuaria os disparos”, revelou um familiar do policial, ainda tentando compreender o que se passava com ele.

Na conclusão, o policial revela a suspeita de traição da ex-mulher e a confusão de sentimentos que esse pensamento desencadeava em sua mente, chegando a reconhecer que também foi infiel durante o relacionamento. No último parágrafo, um claro pedido de socorro. “Não sei mais o que fazer! Queria muito conversar com você, porque com você eu consigo chorar e desabafar. Só estou te pedindo ajuda. Sei que não sou digno, mas me ajude. Estou quase fazendo uma loucura”. Dias depois, o policial assassinaria Josilaine e Maria Fernanda a tiros e, em seguida, encerrava com um tiro contra si próprio seu estado de desequilíbrio.

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