Uma carta que supostamente teria sido escrita por um detento ligado à facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) de São Paulo fez com que os diretores e agentes de segurança que atuam em presídios de Mato Grosso do Sul fossem alertados pelo governo estadual. A carta estaria orientando ações da facção, como rebeliões em presídios.

O secretário de Justiça e Segurança Pública e Coordenação Geral do Governo, Raufi Marques, classifica a carta de “terrorismo” e diz que o alerta ocorreu por precaução, mas que as ações descritas na carta são referentes exclusivamente ao Estado de São Paulo. Para Raufi, a carta não é motivo para desequilibrar ou redirecionar as ações de segurança que vem sendo adotadas em Mato Grosso do Sul. “Já entregamos a carta ao nosso serviço de informação. Eu acho que é terrorismo, mas mesmo assim tomamos atitudes alertando a segurança interna dos presídios e serviços penitenciários”, diz o secretário.

Nos dias 14 e 15 de maio os presídios de Campo Grande, Dourados, Corumbá e Três Lagoas viveram rebeliões orquestradas com criminosos ligados ao PCC de São Paulo, onde foi desencadeada a onda de rebeliões e também ataques a policiais. Nesta manhã Policiais da Força Nacional realizam um pente-fino no EPSM (Estabelecimento Penal de Segurança Máxima). Os policiais da força nacional chegaram a Mato Grosso do Sul na semana passada. São 200 homens que permanecerão cerca de 70 dias no Estado.