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Carne: Pelo menos 4 mil fazendas precisam exportar

Morillo Carvalho/ABr - 25 de fevereiro de 2008 - 18:32

Brasília - Para que o Brasil consiga alcançar o volume de exportação de carne que atenda às necessidades da União Européia (UE), é necessário que pelo menos 4 mil fazendas estejam aptas para exportar. É o que defendeu hoje (25) o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, em encontro com comitiva russa que também avalia propriedades brasileiras para importar o produto.

No momento, de acordo com Stephanes, a UE está no Brasil para inspecionar as cerca de 200 fazendas que correspondem aos critérios de importação exigidos pelo bloco econômico.

“Precisamos de pelo menos 4 ou 5 mil propriedades habilitadas e a União Européia também sabe disso, portanto isso é um processo que deverá ocorrer agora com muita rapidez à medida em que eles consigam aprovar essas - em torno de 200 propriedades - que foram no momento apresentadas”, afirmou o ministro.

O governo brasileiro deu parecer favorável à exportação a 2,8 mil fazendas brasileiras, no dia 28 de janeiro, e enviou a lista à União Européia. Como o bloco não aceitou a lista, alegando problemas na rastreabilidade – que certificam, por exemplo, a origem do animal –, a exportação foi suspensa.

Agora, para Stephanes, logo que o pecuarista que estava na lista se adequar, volta à lista de fazendas aceitas pela UE. “Quanto a isso não há nenhum problema. Agora, nós também a médio prazo vamos tentar reformular esses compromissos que o Brasil depositou na Organização Mundial do Comércio em relação ao cumprimento às exigências européias”, disse.

Ele também afirmou que, até o momento, ao contrário do que foi dito por parlamentares, nenhum pecuarista entrou na Justiça contra o Ministério da Fazenda ou a União para discutir o embargo europeu. “Algumas pessoas estão, irresponsavelmente, colocando isso em debate”, afirmou. Ele adiantou que não vê possibilidade de sucesso, caso haja alguma ação judicial.

“Eu acho que isso não terá nenhum curso, porque, afinal de contas, existiam normas, eles aderiram às normas voluntariamente, independente se essas normas eram burocratizadas ou excessivas. Eles aderiram a essas normas, e, ao serem auditados não as tinham cumprido”.

Para Stephanes “ou eles [pecuaristas] se adaptam a essas normas ou nós vamos tentar, num processo a médio prazo, simplificar essas normas da União Européia”.


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