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Carne: Pecuarista quer preços mais justos no mercado

Luthianna Hollenbach/ABr - 25 de janeiro de 2005 - 14:41

As exportações brasileiras de carne bovina foram recorde no ano passado. O país embarcou para o exterior 1,854 milhão de toneladas do produto, com receita US$ 2,457 bilhões. em 2003, as vendas do segmento somaram 1,3 milhão de toneladas, com receita de US$ 1,51 bilhão. Para este ano, a expectativa é de que o país se mantenha como o principal exportador do mundo.

No ano passado, os principais destinos da carne brasileira in natura foram Rússia (US$ 239 milhões), Países Baixos (US$ 214 milhões) e Chile (US$ 199 milhões). No segmento carne industrializada, os principais compradores foram Estados Unidos (US$ 197 milhões), Reino Unidos (US$ 127 milhões) e Itália (US$ 22 milhões).

Para os produtores, no entanto, a concentração de frigoríficos e a conseqüente baixa do preço no mercado interno tem sido motivo de preocupação. "Não está havendo distribuição eqüitativa de renda entre todos os elos da cadeia e, se for preciso, vamos utilizar os elementos jurídicos necessários para corrigir essa distorção", disse o presidente do Fórum Nacional Permanente da Pecuária de Corte da Confederação da agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Antenor Nogueira.

Estudo da CNA e do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo (Cepea/USP), os custos operacionais totais da pecuária de corte subiram 10,1% em 2004, enquanto o preço pago pela arroba caiu 0,03%. A pesquisa apurou também que a suplementação mineral subiu 13,35% e a mão-de-obra ficou 21,2% mais cara. Com queda na rentabilidade, os produtores ampliaram o abate de matrizes, o que pode comprometer a capacidade de produção de carne bovina em médio prazo.

"Queremos que o lucro seja dividido entre todos os elos da cadeia igualmente, não pode um setor ganhar muito mais que o outro. Se nós precisamos da indústria frigorífica, eles precisam de nós também".

Segundo Nogeuria, o setor pediu uma reunião com o setor industrial e, se não houver uma conversa adequada e que tenha um norteamento para que em 2005 não ocorra isso mais, serão tomadas medidas jurídicas. "Iremos denunciar onde for preciso para que possamos ter em 2005 uma distribuição eqüitativa desses lucros", afirmou Nogueira.

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