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Capital vota lei sobre máquinas de camisinhas em escolas
A polêmica que gira em torno da iniciativa do Governo Federal de implantar máquinas dispensadoras de camisinhas em todas as escolas da rede pública do país, volta à pauta de discussões na Câmara Municipal de Campo Grande, na próxima terça-feira dia 23. Os vereadores votam na sessão ordinária, em turno único de discussão o Projeto de Lei Complementar nº 276/10, de autoria dos vereadores Paulo Siufi (PMDB), Herculano Borges (PSC) e João Rocha (PSDB), que veda a instalação de máquinas dispensadoras de preservativos, em órgãos municipais, bem como, na Rede Pública e particular de ensino do município de Campo Grande.
O tema já foi avaliado por meio de enquete realiza no site institucional da Câmara Municipal de Campo Grande, e avaliou a opinião dos internautas questionando o seu posicionamento com relação à instalação da máquina de camisinhas nas escolas. A adesão à proposta dos vereadores foi maciça. A enquete registrou 94% dos internautas contra as máquinas e apenas 6% a favor da proposta do Governo Federal.
Setores ligados a trabalhos que envolvem infância e adolescência, na Capital, descredenciam a ideia, que é de responsabilidade do Programa DST e Aids, do Ministério da Saúde e são unânimes em dizer que a ação desrespeita o Estatuto da Criança e do Adolescente, ora vigente em âmbito nacional. Embora, o Governo tenha tido a melhor das intenções, infelizmente essa não é a melhor maneira de promover a educação sexual dos nossos adolescentes. A criança e o adolescente necessitam de uma educação com qualidade, de gozar de melhores condições de higiene e saúde, de incentivo a cultura, ao esporte. Na minha opinião, a implantação de máquinas de camisinhas irá causar um desequilíbrio total e incentivar ainda mais a libertinagem, ou seja o sexo por sexo, considerou o diretor presidente do Instituto de Ação Social de Desenvolvimento Educacional e Cultura O Giro 380, Luiz Carlos Santana.
Na época a coordenadora da Pastoral da Criança, da Arquidiocese de Campo Grande, Rita de Cássia Vieira, disse que esse tipo de ação contribui para a indução da promiscuidade entre os adolescentes. Honramos a igreja católica, que é contra a camisinha, a contraceptivos. Na visão da igreja católica, esse tipo de modernidade não devemos apoiar, temos de impedir que seja despertado esse tipo de interesse, disse Rita de Cássia.
De acordo com Paulo Siufi, a implantação das máquinas de camisinhas banaliza e provoca a sexualidade precoce. Para Siufi, a Capital necessita de ações que sejam voltadas para humanizar todos os setores da sociedade, e não de iniciativas que segundo o parlamentar, acabam vulgarizando todo um contesto social e familiar.
Em tempo O projeto do Governo Federal não tem como objeto apenas a máquina dispensadora de camisinhas. Como complemento há uma cartilha, denominada: O Caderno das Coisas Importantes, disponível em: http://www.unicef.org/brazil/pt/O_Caderno_das_Coisas_Importantes.pdf, que em suas página tem questões que vão além da educação sexual.
Em uma de suas páginas, por exemplo, há uma explicação sobre ficar, dizendo o seguinte: Uma ficada pode ser uma porção de coisas. Beijar, namorar, sair, transar.... Na sequência, segue uma orientação: Relate aí embaixo as mais espetaculares ficadas da história. Ou, pelo menos, da sua história, dizendo como foi, com quem foi, onde foi e quando foi.
Serviço A sessão ordinária de terça-feira (23) será realizada, a partir das 9 horas, no Plenário Oliva Enciso, na sede da Casa de Leis, localizada na Avenida Ricardo Brandão, nº 1.600, bairro Jatiuka Park.