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Candidato derrotado pede que eleição seja anulada

Agência Brasil/Alex Rodrigues - 22 de janeiro de 2007 - 15:09

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirmou hoje (22) a ocorrência de uma falha em um lote de urnas eletrônicas utilizadas durante as últimas eleições para governador de Alagoas. O problema, no entanto, não teria influenciado o resultado final.

Segundo a assessoria do tribunal, algumas urnas mais antigas não eram compatíveis com o programa adotado nas últimas eleições. Isso acarretou erros na impressão do relatório que é entregue aos partidos.

O TSE, contudo, diz que todos os votos foram devidamente contabilizados, como defendeu hoje o governador eleito, Teotônio Vilela Filho (PSDB). Ainda assim, motivado pelas denúncias, o tribunal pretende encomendar à Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) um estudo sobre a segurança das urnas eletrônicas.

Já o candidato derrotado, deputado João Lyra (PTB), questiona a licitude das últimas eleições estaduais. A coligação partidária que o apoiou move dois processos no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) local, pedindo que a eleição para governador do estado seja anulada e a impugnação do mandato do governador recém-empossado.

Para Lyra, “alguma coisa de inteiramente anormal aconteceu” durante as últimas eleições. “Tínhamos uma situação consolidada aqui no estado, com maioria (de votos). A eleição ocorreu e os resultados, estapafúrdios, foram completamente outros”, diz ele.

“É preciso deixar bem claro que o que solicitamos foi uma verificação no processo eleitoral para governador. Nunca nos queixamos das urnas, que foram bem feitas (desenvolvidas), mas que não passam de um computador que pode ser manipulado por qualquer pessoa.”

De acordo com o deputado, um estudo feito pelo professor do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), Clóvis Torres Fernandes, teria indicado que 35% das urnas eletrônicas apresentaram problemas.

A pesquisa foi contratada pela coligação do parlamentar e foi realizada pela Fundação Casemiro de Montenegro Filho, ligada ao ITA. “Nós queremos uma análise interna completa destas urnas.”

Lyra diz ainda não ter conversado com o atual governador, mas não duvida da anulação do resultado. “Tenho certeza de que vai haver justiça. Se o TSE decidir pela anulação, nós vamos disputar uma outra eleição. E se for a impugnação, o segundo colocado automaticamente é empossado.”

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