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Geral

Câncer de intestino é o 2º tipo mais comum em mulheres e o 3º em homens

*Augusto Pereira - 28 de janeiro de 2016 - 09:53

Embora o câncer de intestino seja um dos tipos mais comuns no Brasil, ainda pouco se fala sobre a doença. Segundo o INCA (Instituto Nacional do Câncer), a estimativa é que, em 2016, 17.620 mulheres e 16.660 homens sejam diagnosticados com o problema. A incidência só é menor que mama, nas mulheres, e pele e próstata, nos homens. Por ser uma enfermidade que não apresenta sintomas em estágio inicial, é preciso ficar atento: o risco de desenvolver a doença aumenta depois dos 40 anos. Pessoas com mais de 50 anos chegam a representar 90% dos casos de câncer de intestino.

“Com o desenvolvimento do tumor, alguns sintomas podem se manifestar, como mudanças no hábito intestinal (constipação ou diarreia), anemia, fraqueza, cólica abdominal, sensação de evacuação incompleta, sangramento pelo reto e emagrecimento repentino. Ao perceber essas alterações, é importante procurar um médico. Apenas um especialista poderá analisar os sinais e dar o diagnóstico correto”, orienta o oncologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Augusto Pereira.

Exames de colonoscopia e retossigmoidoscopia podem ser indicados para localizar o tumor no intestino e remover os pólipos (lesões que se assemelham a verrugas). O material retirado é enviado para biópsia, que vai analisar o tipo do tumor e o estágio da doença. “O estágio pode ser inicial (I ou II), com tumor restrito ao intestino; avançado (III), com acometimento dos linfonodos; ou metastático (IV), com lesões em outros órgãos”, explica.

O tratamento varia de acordo com o estágio da doença. “A cirurgia para retirada do tumor é a modalidade inicial de tratamento, nos estágios de I a III. Por meio de uma análise, é possível prever o risco da doença voltar e a necessidade de quimioterapia. Em paciente com metástases em outros órgãos, a quimioterapia é o tratamento de escolha. Se diagnosticado precocemente, o câncer de intestino apresenta uma chance de cura acima de 90%”, revela o especialista.

Após o tratamento, é preciso realizar acompanhamento médico a cada três ou seis meses, por até cinco anos. “Pacientes com histórico de câncer de intestino têm maior risco de desenvolver um segundo tumor. Por isso, devem realizar os exames de rastreamento conforme orientação médica e evitar fatores que possam aumentar o risco de câncer, como tabagismo, obesidade, sedentarismo, ingestão carnes vermelhas, alimentos processados e álcool”, alerta.

“Apesar de frequente, o número de casos de câncer de intestino vem diminuindo. Estatísticas mundiais mostraram a queda de 4% ao ano na incidência da doença de 2008 a 2011 e a diminuição de 35% na mortalidade de 1990 a 2007. As reduções da incidência e mortalidade foram possíveis devido ao rastreamento de pacientes sadios, detecção precoce da doença e inovações nas modalidades de tratamento. Porém, hábitos que contribuem com a boa saúde do intestino continuam a ser a melhor forma de prevenir o problema”, finaliza Pereira.

* Augusto Pereira é oncologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo

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