Cassilândia Notícias

Cassilândia Notícias
Cassilândia, Quinta, 28 de Março de 2024
Envie sua matéria (67) 99266-0985

Geral

Câncer de colo de útero maior em SP que na Europa

Agência Notisa - 10 de maio de 2004 - 15:40

O câncer de colo do útero é um dos tipos de câncer mais freqüente em mulheres, principalmente de países da América Latina e da África. Só em 1990, por exemplo, estima-se que mais de 370 mil novos casos tenham surgido em todo o mundo. Em relação à mortalidade, são cerca de 230 mil óbitos por ano, apesar de existir um exame de rastreamento da doença — teste de Papanicolaou — capaz de detectá-la em fase incipiente e curável. No Brasil, são poucos os estudos sobre a cobertura do teste, por isso, pesquisadores da USP resolveram analisar a evolução da mortalidade por câncer do colo do útero no Município de São Paulo em um período de 20 anos (1980-1999).

De acordo com artigo publicado na edição de janeiro/fevereiro de 2004 dos Cadernos de Saúde Pública, “a tendência ao longo do tempo permite avaliar, de forma indireta, a evolução do grau de cobertura do teste de rastreamento”. Os dados sobre mortalidade e relativos à população do Município de São Paulo foram obtidos da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados Estatísticos e da Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

Segundo os pesquisadores, a mortalidade atribuída especificamente a câncer do colo do útero, medida pelas taxas ajustadas por idade, não registrou alterações expressivas entre 1980 e 1999, na cidade de São Paulo. Eles também lembram que “a mortalidade por câncer do colo do útero não é especificamente alta em São Paulo, permanecendo entre 5 e 5,5 por 100 mil mulheres, valores pouco superiores aos de vários países europeus e bastante inferiores aos da maioria dos países sul-americanos e africanos, cujas taxas variam entre 13 e mais de 20 por 100 mil mulheres”.

Entretanto, a equipe ressalta que a mortalidade por esse câncer ainda pode ser reduzida, seja através da expansão do acesso à atenção médica e à informação sobre a doença, ou da ampliação da cobertura do teste de Papanicolaou. “A grande redução da incidência e da mortalidade, observada desde o início dos anos 60 na maioria dos países desenvolvidos, é atribuída à prática de Papanicolaou”, exemplificam os pesquisadores no artigo.


SIGA-NOS NO Google News