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Canadá pode sacrificar bovinos nascidos até 1997

Agrolink - 14 de janeiro de 2005 - 08:36

O governo da província de Alberta pretende restaurar a confiança dos importadores de carne bovina promovendo o abate de animais mais velhos. A medida foi anunciada pelo premiê de Alberta, Ralph Klein, depois que dois casos de "vaca louca" foram identificados no país nos últimos dez dias.

Dona do maior rebanho bovino de pecuária de corte do Canadá, a província pretende encontrar uma maneira de selecionar o gado mais velho para abate, que pode estar infectado com Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB). O rebanho canadense é composto por 14 milhões de animais, sendo que apenas 6% é nascido após 1997, ano em que o governo vetou o uso de certas rações para impedir a disseminação da doença. A expectativa é de que os animais condenados custariam C$ 350 milhões (US$ 291 milhões).

Apesar do anúncio da medida, o chefe da divisão de veterinária do governo do Canadá, Brian Evans, disse que o abate de gado velho não seria "válido do ponto de vista científico" e tampouco constituiria uma arma adequada para evitar que a doença se alastre. "Adotar a eliminação em massa a esta altura não seria coerente com a informação que temos aqui", disse.

O surgimento de mais um caso de "vaca louca" no Canadá fez com que o governo dos Estados Unidos decidisse revisar o plano para retomar as importações de carne bovina canadense.

Um comunicado enviado pelo chefe do Serviço de Inspeção da Saúde Animal e Vegetal do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda), Ron DeHaven, informa que o Usda e a Food and Drug Administration (FDA) americana irão enviar uma equipe técnica ao Canadá para avaliar as circunstâncias que cercam os recentes casos de doença.

"O resultado de nossa investigação e análises serão usados para avaliar os próximos passos de forma adequada" do plano americano de retomar as importações em março, disse DeHaven.

Fim do embargo:

A Tyson Foods e outros processadores de carne americanos querem que os Estados Unidos suspendam a proibição ao boi imposta em maio de 2003 quando o Canadá revelou o seu primeiro caso de EEB. A Tyson informou que está reduzindo o abate por causa de poucos estoques. A proibição também criou um excedente que custou ao setor pecuário canadense C$ 5 bilhões (US$ 4,2 bilhões), informou em novembro o Banco de Montreal.

Redação
Fonte: Gazeta Mercantil


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