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Campo Grande será pioneira em levantamento ecológico

Campo Grande News/Paulo Fernandes - 09 de março de 2010 - 20:22

Metodologia usada para calcular como os nossos hábitos de vida e consumo trazem impacto ao planeta, a Pegada Ecológica será desenvolvida pela primeira vez em uma cidade brasileira: Campo Grande. O lançamento foi nesta terça-feira, na sede do Crea/MS, na Capital.

Hoje, a pegada ecológica é feita, no Brasil, apenas de maneira individual. Agora, WWF-Brasil e Prefeitura farão um levantamento do impacto ao meio ambiente do estilo de vida dos campo-grandenses (habitação e alimentação, entre outros), da relação entre geração e destino do lixo, e do trânsito.

De acordo com o superintendente de conservação da WWF Brasil, Cláudio Moretti, Campo Grande irá estrear o uso da metodologia por ter sido a cidade que mais demonstrou interesse em participar do programa.

“Que Campo Grande seja um exemplo para Mato Grosso do Sul e para o Brasil, conscientizando outras cidades”, afirmou.

Segundo ele, não existe hoje um estudo da WWF-Brasil sobre esse impacto em Campo Grande. “Nós sabemos que no Brasil um dos principais problemas é o esgoto, mesmo em lugares onde não há problema de fornecimento de água, mas o esgoto é precário. Em muitas cidades, a ocupação é feita de forma desplanejada, mesmo quando há planos (que ficam só no papel). São problemas recorrentes a maioria das cidades, mas seria precipitado falar de Campo Grande”.

Para fazer o levantamento da Pegada Ecológica, a WWF-Brasil irá contar com especialistas em Pantanal e Cerrado. O Pantanal é a segunda maior área de atuação da ONG, depois da Amazônia. “Nós atuamos para preservar os biomas, mas não podemos atuar só na área, mas onde há demanda desses biomas”, explica Cláudio.

Os estudos servirão para dar diretrizes sustentáveis à prefeitura para melhorar a vida dos habitantes e reduzir os impactos ambientais causados pela presença do homem.

“Essas ações da natureza mostram que os administradores terão que ter uma preocupação a mais, mesmo que isso passe a encarecer as obras. Por isso, essa adesão é muito importante. Espero que tenhamos gestores com práticas mais responsáveis, e não só no discurso”, afirmou o prefeito Nelson Trad Filho.

“Temos que procurar ver as lições que o planeta tem dado. Campo Grande já sofreu com isso”, acrescentou, fazendo referência aos estragos causados pela chuva, que abriu crateras em ruas importantes e colocou um condomínio em risco.

Não há prazo para a conclusão do trabalho, mas Cláudio Moretti espera que Campo Grande possa perceber um reflexo positivo do resultado do estudo ainda neste ano.

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