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Caminhoneiros param por três dias a partir da meia-noite

Ana Paula Marra/ABr - 25 de julho de 2004 - 16:23

Caminhoneiros de todo o País paralisam as atividades por 72 horas, a partir da meia-noite de hoje. Nesse período, cerca de 94 milhões de toneladas de cargas deixarão de ser transportadas, estima o presidente da Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), José da Fonseca Lopes.

A categoria reivindica a aplicação de R$ 8 bilhões dos recursos da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) na recuperação das malha rodoviária. “Está na hora de o governo investir na estrutura rodoviária, ferroviária e portuária. Se necessário, pararemos sempre as nossas atividades, apesar do prejuízo, para pressionar o governo a tomar uma postura”, disse Fonseca. Segundo ele, 86% das estradas do País apresentam problemas.

Na última quinta-feira (22), em reunião com representantes da Frente Nacional dos Transportadores Rodoviários de Cargas, ocorrida em Brasília, o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, garantiu que a recuperação da malha rodoviária já foi iniciada e a expectativa do governo é de em pouco tempo restabeler as condições de tráfego das estradas federais.

Na reunião, que contou com a participação dos ministros da Justiça, Márcio Thomaz Batos, e da Integração Nacional, Ciro Gomes, os representantes do governo se comprometeram a trabalhar para que os pontos reivindicados pela categoria sejam atendidos o mais rápido possível. De acordo com o ministro Alfredo Nascimento, o atendimento às reivindicações é totalmente viável.

Já o presidente da Abcam acredita que a perspectiva de o governo repassar os recursos arrecadados com a Cide para reconstruir a malha rodoviária é pequena. No entanto, ele ressalta que “mesmo assim vamos aderir ao movimento e lutar pelos nossos direitos”. Fonseca garante que a manifestação será pacífica. A recomendação é para que cada caminhoneiro permaneça em casa.

Em nota divulgada pela Frente Nacional dos Transportadores Rodoviários de Cargas, que reúne quase todas as lideranças de caminhoneiros e empresários do setor, a entidade considera a paralisação "inconveniente e inoportuna", já que o governo "assumiu compromissos claros e específicos, que demandarão algum tempo para serem implementados".


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