Cassilândia Notícias

Cassilândia Notícias
Cassilândia, Sexta, 19 de Abril de 2024
Envie sua matéria (67) 99266-0985

Geral

Caminhoneiros de MS não param mas aderem ato em SP

Jacqueline Lopes/Campo Grande News - 23 de julho de 2004 - 07:49

Após 3 horas de reunião a portas fechadas, no Sindcargas (Sindicato dos Transportadores Autônomos de Cargas), as 25 lideranças que representam os cerca de 50 mil caminhoneiros de Mato Grosso do Sul decidiram não paralisar os trabalhos no próximo domingo. A nível nacional, os profissionais definiram o protesto que deverá durar 72 horas.
Mas, no trecho que compreende o estado de São Paulo, onde já foi confirmada a paralisação da categoria, os motoristas de caminhões de placas de Mato Grosso do Sul que por lá estiverem, vão aderir ao protesto, disse o relações públicas do sindicato, Roberto Sinai. “Vamos ser solidários e respeitar a decisão de nossos colegas”.
Em Mato Grosso do Sul chegar a conclusão de continuar na estrada passou por discussões e divisão da categoria, segundo o relações públicas do Sindcargas, Roberto Sinai. “Seria um prejuízo imensurável, pois cada caminhoneiro tira por dia em valor bruto R$ 1 mil. A categoria ficou dividida mas na votação foram 20 votos a favor para a não paralisação contra apenas 5”, explicou Sinai.
A decisão dos profissionais no Estado representa um trégua ao governo Lula. “Estivemos na última sexta-feira com o presidente e ele prometeu investir mais R$ 6 bilhões na manutenção de rodovias sendo R$ 125 milhões em Mato Grosso do Sul”. Sinai ponderou o fato do baixo número de ocorrências envolvendo roubo de caminhões e mortes nas estradas do Estado, fator que influenciou na decisão também. “Foram apenas três roubos de cargas este ano. Sem falar que não foram registradas mortes nestes episódios. Não podemos reclamar de segurança”.
Sinai disse ao Campo Grande News que apesar de estarem ao lado do governo, reconhecem o fato do atraso no repasse dos investimentos da Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico). “Em 3 anos foram R$ 18 bilhões arrecadados que não foram usados na recuperação das rodovias. Recurso do transporte que acabou disponibilizado para outros ministérios”, disparou.

SIGA-NOS NO Google News