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Caminhoneiros dão trégua e esperam que governo evite colapso no setor

Campo Grande News - 04 de março de 2015 - 09:43

Após onze dias de paralisações em rodovias, caminhoneiros resolveram dar trégua para esperar resposta do Governo do Estado quanto as reivindicações para redução do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) do óleo diesel, extensão do pravo de vistoria dos veículos e a instalação de postos específicos para o serviço; além de definição de tabela de preço de frete.

Com isso, as rodovias estaduais não têm bloqueios nesta manhã, segundo a PMRE (Polícia Militar Rodoviária Estadual). Um dos manifestantes, o empresário Lúcio Lagemann, confirmou a liberação das estradas e informou que os transportadores aguardam reunião com o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) nesta tarde.

“O setor entende que a trégua é um tempo para que os governantes acolham as solicitações e façam um estudo para normalizar a situação da classe, que está precária. Estamos a beira de um colapso”, comentou Lúcio, que participará, junto a um grupo de mais de 90 pessoas, de sessão na Assembleia Legislativa nesta manhã, em Campo Grande. “Hoje, vamos fazer uso da tribuna e apresentar todas as reivindicações, com uma comitiva de autônomos e empresários de São Gabriel do Oeste, Dourados e outros municípios”, disse.

Reivindicações – O setor quer que seja estendido o prazo das vistorias do Detran (Departamento Estadual de Trânsito), de 5 para 10 anos. Para que os motoristas não tenham que se deslocar até a sede do órgão estadual, eles sugerem a instalação de postos específicos nas cooperativas dos caminhoneiros em São Gabriel do Oeste e Campo Grande, de acordo com o diretor jurídico da Cotrapan (Cooperativa de Transportes do Estado de Ms), Carlos Lima.

Quanto ao ICMS do diesel, a solicitação é a redução da alíquota de 17% para 12%. Esse último percentual é o praticado em Estados, como Paraná e São Paulo. Na última quinta-feira (26), o governador disse que considera legítima a paralisação nacional promovida pelos caminhoneiros e a Sefaz (Secretaria de Estado de Fazenda) realiza estudos para alterar o percentual, mas somente em junho definirá a redução do ICMS.

Foi publicada, nesta terça-feira (3), a Lei dos Caminhoneiros, que atende reivindicações da categoria. O acordo foi a liberação das estradas em todo o país, com a sansão da lei, que altera carga horária, tempo de horas extras e intervalos; além de perdoar multas por excesso de peso dos caminhões, recebidas nos últimos dois anos, e mudar a responsabilidade sobre o prejuízo, entre outros.

Com isso, nenhuma estrada no país foi bloqueada nesta manhã. Representantes dos caminhoneiros esperam ainda uma reunião com a presidente na próxima terça-feira (10), em Brasília.

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