O presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia, acredita que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Apagão Aéreo deve ser instalada amanhã (3). Ele verificará hoje se todos os partidos indicaram componentes para a CPI.

“Após a indicação, a instalação será imediata, a não ser que um ou mais partidos não tenham indicado [integrantes]”, disse Chinaglia, depois de ser condecorado com Ordem de Rio Branco no Itamaraty.

Questionado se a oposição não pode tentar obstruir a instalação porque quer um cargo na mesa diretora da comissão, ele afirmou que é difícil prever, mas que não trabalha com essa hipótese. “Se a todo momento qualquer partido por mais importante que seja recorrer à prática da obstrução, vai ver que isso desgasta.”

O líder do PT, deputado Luís Sérgio, avisou que apenas no final do dia o partido deve indicar o nome do relator e dos oito deputados que vão participar da comissão.

Pelo Regimento Interno da Câmara, cabe ao maior partido indicar o presidente e a este escolher o relator. O PMDB é a maior bancada da casa, seguido pelo PT.

O bloco formado pelo PPS, PSDB e DEM indicou sete integrantes e igual número de suplentes. São os titulares: Geraldo Thadeu (PPS), Gustavo Fruet (PSDB), Solange Amaral (DEM), Vanderlei Macris (PSDB), Vic Pires Franco (DEM), Vitor Penido (DEM-) e Zenaldo Coutinho (PSDB). Os suplentes indicados são: Arnaldo Jardim (PPS), Carlos Sampaio (PSDB), Davi Alcolumbre (DEM), Efraim Filho (DEM), Otavio Leite (PSDB), Rodrigo de Castro (PSDB) e Silvinho Peccioli (DEM).

A CPI tem como objetivo investigar as causas, conseqüências e responsáveis pela crise do sistema de tráfego aéreo brasileiro, desencadeada após o acidente aéreo ocorrido no dia 29 de setembro de 2006, envolvendo um Boeing 737-800, da Gol (vôo 1907), e um jato Legacy, da América ExcelAire, com 154 vítimas fatais.