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Câmara de Vereadores de Figueirão tem maior custo per capita em MS

Marta Ferreira, Campo Grande News - 10 de junho de 2011 - 18:12

O menor em população e o mais novo município de Mato Grosso do Sul, Figueirão, criado em 2003, há 8 anos, é o que tem o Legislativo que mais pesa no bolso do cidadão. Para manter os nove vereadores do Município, o gasto é estimado em R$ 250,09 por morador, com base no ano de 2009. Figueirão tem 2.928 habitantes.

O dado consta de relatório elaborado pela ONG (Observatório Social de Campo Grande), criada este ano com a promessa de fiscalizar e analisar os gastos públicos municipais.

Em Figueirão, o baixo número de moradores ajuda a explicar porque os vereadores ficam tão caros para os moradores, uma vez que o número, 9, é o mesmo para cidades que tem porte um pouco maior. Apesar de ser nova, a Câmara de Vereadores da cidade funciona em prédio próprio, construído entre 2007 e 2010.

Do outro lado-O relatório coloca Campo Grande no lugar oposto ao de Figueirão. A maior cidade, com 786 mil habitantes, tem o menor gasto per capita anual para manter os vereadores. Em 2009, o valor foi de R$ 38,22. O documento aponta ainda gastos com educação e saúde, setores essenciais na sociedade, revela disparidades e surpresas.

O município com maior gasto per capita em saúde, em 2009, foi Jateí, com R$ 869,97. O segundo maior valor foi encontrado em Jateí, de R$ 869,97. Nesse item, Campo Grande aparece com investimento per capita de R$ 599. Na educação, Taquarussu tem o maior investimento, de R$ 885,39 no ano de 2009. O menor valor foi o de Aquidauana, apenas R$ 137.

A cidade também aparece no relatório como a detentora do orçamento per capita mais baixo, de R$ 661. O orçamento por morador mais alto no período foi o de Jateí, de R$ 4.187,18.


Vereadores de Figueirão em frente à sede inaugurada no ano passado; custo de mais de R$ 200 reais por morador no ano.
Transparência- O Observatório Social de Campo Grande reúne cerca de 40 entidades. O presidente da entidade, Hugo de Oliveira, explicou que os números são oriundos da Secretaria do Tesouro Nacional. Para ele, é a oportunidade de cada cidadão conhecer a realidade da aplicação dos recursos em seu município, principalmente na saúde, na educação e no legislativo. “Daí a conscientização de cada um exercer sua cidadania no controle social, ou seja, cada cidadão fazendo o controle dos gastos públicos”.

A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) está entre os entidades que integram o Observatório.

Para o presidente da Ordem no Estado, Leonardo Duarte, o acompanhamento permite ao cidadão conhecer melhor o aparato por trás das contas públicas. “E assim vamos poder ampliar e acelerar ainda mais o processo de cidadania fiscal nas cidades e contribuir significativamente para melhorar a qualidade da aplicação dos recursos públicos, ação necessária para se alcançar a verdadeira justiça social”.

Os dados podem ser conferidos no site da OAB, no endereço http://www.oabms.org.br/upload/documento/indicadores_ms.pdf.

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